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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
O plano de reestruturação do Deutsche Bank, a vitória esmagadora da Nova Democracia na Grécia e a interferência de Erdogan na política monetária da Turquia prometem marcar a agenda dos investidores esta segunda-feira.
Encerramento de unidades, eliminação de 18 mil postos de trabalho, foco nos empresários e na banca privada, custos superiores a 7 mil milhões de euros e prejuízos. Este é, em linhas gerais, o plano de reestruturação apresentado pelo Deutsche Bank, que está a tentar recuperar o negócio, após um período marcado por prejuízos e por indefinição do rumo, marcado também pela fusão falhada com o Commerzbank.
Nova Democracia ganha eleições com maioria absoluta
A Nova Democracia vai voltar a liderar o destino da Grécia, depois de ter vencido as eleições com um maioria absoluta. A vitória de Kyriakos Mitsotakis deverá ser bem recebida pelos investidores, já que é conhecido como um "amigo" dos mercados. Ainda assim, o seu plano para a Grécia – que reiterou querer implementar – passa por corte de impostos, o que poderá encontrar resistência ao nível de Bruxelas e dos restantes credores (FMI e BCE) devido ao compromisso sobre a evolução das contas públicas.
Lira turca afunda após Erdogan afastar governador do banco central
Os investidores deverão aumentar as suas apostas sobre o corte de juros na Turquia, depois de Tayyip Erdogan, o presidente turco, ter despedido Murat Cetinkaya, o governador do banco central. E fê-lo porque a visão sobre a política monetária que deve ser implementada é oposta. Erdogan ter-se-á queixado, junto de responsáveis do seu partido, que o governador não quis cortar juros, ao contrário do que o presidente turco defende. E isso custou-lhe o cargo. A reação da lira foi imediata, e deverá manter-se esta segunda-feira: afundou. Isto porque a especulação sobre uma política de cortes de juros na Turquia disparou.
Irão continua sob os holofotes
O Irão assumiu, este fim de semana, que vai aumentar o enriquecimento de urânio para valores que superam os limites impostos no acordo de 2015, o que poderá acontecer já. Os responsáveis admitem recuar nesta posição, mas para isso será necessário que Reino Unido, Alemanha e França apoiem o país ao nível político.
A tensão em torno do Irão tem aumentado, depois de os EUA terem avançado com sanções económicas sobre o país. E este contexto tem provocado oscilações acentuadas nos preços do petróleo, uma vez que os receios em torno de um conflito militar no Médio Oriente têm aumentado, numa região muito relevante para esta matéria-prima. E a posição assumida este fim de semana não ficou sem resposta do presidente dos EUA. Donald Trump afirmou que "é melhor [o Irão] ter cuidado".
Ministro das Finanças da Zona Euro reúnem-se
Os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir-se esta segunda-feira, 8 de julho, depois de na semana passada os líderes europeus terem estado reunidos envoltos em alguma tensão devido às nomeações para os cargos mais relevantes na União Europeia, após as eleições de maio. Um dos pontos que poderia criar algum ruído – as contas públicas italianas – já estará "resolvida" depois de Roma rever as suas contas, reduzindo as previsões de défice para 2,04%, algo que mereceu a "aprovação" da Comissão Europeia. Já a Grécia deverá ser tema de conversa, depois do país ter elegido um novo líder.