A Investmark, que é da família Amorim, lançou uma oferta particular de venda de 4,6 milhões de ações da Corticeira Amorim. A justificação é aumentar a dispersão de capital em bolsa da empresa "indo ao encontro do crescente interesse manifestado por investidores", revela a empresa em comunicado.

A notícia foi avançada já depois do fecho da bolsa nacional, pelo que as ações poderão estar a reagir na sessão desta quarta-feira.

A Mota-Engil entra hoje em ex-dividendo, o que significa que as ações detidas deixam de conferir direito à remuneração acionista já anunciada – por conta dos resultados de 2018 – e que começa a ser paga a partir de 7 de junho.

A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins vai distribuir um dividendo ilíquido de 7,4 cêntimos por ação. O resultado líquido atribuível a acionistas da Mota-Engil atingiu os 24 milhões de euros em 2018, contra 2 milhões no ano precedente. Uma vez que vai usar 17,5 milhões para pagamento de dividendos, o payout é de 72,9%.

As bolsas europeias e de Wall Street valorizaram depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter garantido que tudo será feito para apoiar a economia norte-americana.

Primeiro foi o líder da Fed de St. Louis, James Bullard, a admitir que poderá ser preciso reduzir em "breve" os juros nos EUA devido à persistente baixa inflação e a um potencial abrandamento económico como consequência da guerra comercial. Depois foi o próprio presidente do banco central americano quem garantiu que a Fed está preparada para apoiar a economia dos EUA, o que foi lido como havendo margem para baixar os juros em caso de necessidade.

Esta quarta-feira é divulgado o Livro Bege da Fed, podendo dar novas pistas sobre o andamento da maior economia do mundo.

Ainda nos EUA, é também conhecido o relatório da ADP sobre a criação de emprego no setor privado do país. No final da semana é conhecida a taxa de desemprego.

A Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os dados relativos aos inventários de crude dos EUA na semana passada, bem como os stocks de destilados e gasolina. A evolução das reservas norte-americanas é seguida sempre com muita atenção e é um dado que mexe com os preços desta matéria-prima.

Na sessão de ontem, as cotações do "ouro negro" estiveram a recuperar nos principais mercados internacionais, apesar da indicação de que a produção mundial de petróleo atingiu em 2018 um máximo histórico de 75,78 milhões de barris diários, mais 1,6% do que em 2017, devido sobretudo ao aumento da extração nos Estados Unidos.