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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
A inflação em Portugal, as legislativas em França, o governo de May - ainda sem maioria no parlamento - e os esclarecimentos sobre o possível negócio Altice-Media Capital estão entre os temas que deverão marcar a sessão.
Inflação de Maio acompanhará abrandamento europeu?
O INE dá esta segunda-feira a conhecer os dados dos preços no consumidor relativos a Maio, depois de no mês anterior o indicador ter ficado em máximos de mais de quatro anos, nos 1,98%. A puxar pelos preços nesse mês estiveram subidas nas classes de restaurantes e hotéis, num mês marcado pela Páscoa, bem como lazer e cultura e os transportes.
A primeira leitura da inflação do Eurostat para a Zona Euro apontava para um mês de Maio de abrandamento dos preços no clube dos 19, em 1,4%, afastando-se da meta do Banco Central Europeu: taxa de inflação abaixo mas próxima de 2%.
O dia depois da primeira volta das legislativas em França
Depois da vitória de Emmanuel Macron nas presidenciais, as eleições legislativas de ontem em França deram vantagem à formação política do presidente, Republique en Marche, com cerca de 33% dos sufrágios, que na primeira volta fica virtualmente à porta de uma maioria absoluta.
Assim, depois do espectro do populismo - afastado com a derrota de Marine Le Pen - a esperada vitória nas legislativas (a segunda volta acontece a 18 de Junho) deverá dar ao governo liderado um apoio amplo no parlamento, onde poderá obter entre 400 e 440 deputados segundo as projecções. Mais estabilidade e previsibilidade que pode também reflectir-se esta manhã nas negociações nos mercados accionistas europeus.
Esperados esclarecimentos do negócio Altice/Media Capital
Na sexta-feira a CMVM tornou público ter pedido tanto à Altice como à Media Capital que esclarecessem os contornos do alegado negócios para que a dona do Meo compre a empresa proprietária da TVI. Na quarta-feira, os rumores do mercado levaram a Media Capital a disparar mais de 13,5% em bolsa.
Os títulos da Impresa - vista pelo BPI como "um alvo provável" num contexto de fusões e aquisições - acompanharam a tendência, a disparar mais de 10% em dois dias consecutivos e a fecharem a sexta semana seguida de valorizações.
Os esclarecimentos pedidos aos dois protagonistas deste potencial negócio, que assim confirmarão ou afastarão o cenário de uma compra, podem vir a ter novos reflexos na negociação dos títulos das empresas nacionais de media.
May tem governo mas ainda não tem maioria. E a libra, como fica?
A primeira-ministra aproveitou as últimas horas da tarde de ontem para nomear os membros do novo governo, mantendo à frente das principais pastas os nomes que vinham já do seu executivo e nomeando para número dois um pró-europeu, que poderá sinalizar conversações menos tensas com a União Europeia e um Brexit mais suave.
Mas falta conseguir uma maioria parlamentar, dependente de conversações com os unionistas da Irlanda do Norte e que estão por fechar. Na sexta-feira, a moeda de "sua majestade" encerrou com a maior queda em oito meses e no valor mais baixo desde Abril. E este domingo, no arranque da sessão asiática, continuava a perder valor pela terceira sessão consecutiva, perante a incerteza de um acordo para maioria na Casa dos Comuns.
Petróleo recupera?
Depois de três semanas consecutivas a perder - perante sinais de excesso de produção vindos dos EUA e de mercados africanos e do Médio Oriente -, o início da semana poderá trazer mexidas no preço do petróleo nos mercados internacionais. Sobretudo depois de ontem a Rússia ter estimado que o acordo subscrito pelos países produtores de petróleo (OPEP e não OPEP) com o objectivo de limitar a produção fará regressar os preços às subidas já no primeiro trimestre do próximo ano.