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Procuradores não querem que CEO da Binance regresse ao Dubai e pedem que tribunal reconsidere

Até ouvir a sentença em fevereiro, CZ tem luz verde do tribunal para estar nos Emirados Árabes Unidos, onde reside. Porém, os procuradores temem não voltar a ver o multimilionário.

Pedro Catarino
23 de Novembro de 2023 às 13:37
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O Departamento de Justiça dos EUA pediu a um tribunal nos EUA que reconsiderasse a decisão de permitir que o CEO da Binance, Changpeng Zhao, regresse ao Dubai, onde reside. Isto depois de CZ se ter declarado culpado da acusação de lavagem de dinheiro pelo Ministério Público e se ter disposto a pagar uma multa de 50 milhões de dólares, cerca de 45,84 milhões de euros ao câmbio atual.

Zhao aceitou igualmente abandonar a liderança da Binance, como parte de um acordo com o Departamento do Tesouro norte-americano e da Commodity Futures Trading Commission (CFTC). Já a Binance, maior plataforma de criptomoedas do mundo, irá declarar-se culpada das acusações e pagar uma coima de 4,3 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros).

Apesar das objeções levantadas pelo Estado norte-americano, o fundador da maior plataforma de criptomoedas do mundo vai conseguir regressar aos Emirados Árabes Unidos, sendo que a sentença do caso só será proferida em fevereiro do próximo ano.

Em contrapartida, CZ aceitou salvaguardar 175 milhões de dólares em títulos, os quais estão colateralizados por 15 milhões em dinheiro, que está a ser custodiado por três pessoas distintas - que por sua vez garantem este montante através de imóveis e "cash".

Entretanto, esta quarta-feira, os procuradores pediram ao tribunal para reavaliar a decisão por si tomada devido ao "risco substancial" de CZ não poder voltar aos EUA.

Mesmo que a Justiça queira acionar meios musculados para fazer regressar CZ aos EUA, recorde-se que os EUA e os Emirados Árabes Unidos não têm qualquer tipo de acordo de extradição.

Assim, o Departamento de Justiça invoca como argumentos "os ativos significativos" de CZ, além das "sólidas relações com os Emirados Árabes Unidos e a incapacidade de extradição".

Assim, "se Zhao decidir não enfrentar as consequências do seu comportamento, ele poderá perder mais de 20 milhões de dólares e viver confortavelmente o resto da vida nos Emirados Árabes Unidos", remata o Ministério Público.

De acordo com a Bloomberg, ainda que a moldura penal para este tipo de crimes ronde os 10 anos, o acordo celebrado entre o milionário cripto e a Justiça deverá reduzir a pena no máximo para 18 meses. A agência não detalha se seriam 18 meses de prisão efetiva ou pena suspensa.

 

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