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Pequim entra na corrida aos NFT

A Rede de Serviços Blockchain (BSN), apoiada por Pequim, anunciou esta semana o lançamento de uma infraestrutura nacional para apoiar NFT (tokens não fungíveis) chineses.

O presidente chinês, Xi Jinping, conseguiu controlar o vírus e retomar a atividade económica no final de fevereiro.
Noel Celis/Reuters
30 de Janeiro de 2022 às 13:00
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A China pode ter fugido ao mercado das criptomoedas, mas já começou a correr para liderar o campeonato de outros ativos virtuais. A Rede de Serviços Blockchain (BSN), apoiada por Pequim, decidiu lançar uma infraestrutura nacional para apoiar NFT (tokens não fungíveis) chineses.

A BSN explicou, citada pela imprensa chinesa, que a infraestrutura, conhecida como BSN-Distributed Digital Certificates (BSN-DDC), ofereceria "uma loja única diversificada, transparente e confiável para que as empresas possam criar e gerir os seus próprios NFT", sem recorrer ao mercado internacional.

As comissões só podem ser pagas com dinheiro fiduciário e são extremamente baixas, cerca de cinco cêntimos, à taxa de câmbio atual. A BSN -- que é apoiada pela gigante estatal de telecomunicações China Mobile, a empresa de pagamentos China UnionPay e o "think tank" governamental State Information Centre -- espera que o projeto arranque no final de março.

Os 26 parceiros fundadores incluem a unidade blockchain da Ernst & Young, a Digital Art Fair Asia e a Hainan International Culture and Artwork Exchange Centre. Atualmente já há várias as gigantes chinesas que estão na corrida dos NFT: Alibaba ,Tencent Holdings, JD.com e Baidu são algumas das empresas que já vendem este tipo de ativos.

As plataformas descentralizadas são ilegais na China, onde é exigido que todos os sistemas de internet verifiquem as identidades dos utilizadores e permitam que os reguladores intervenham em caso de atividades ilícitas. Assim para "superar esse problema, a BSN recorreu a uma tecnologia conhecida como "blockchain aberta e permissão" (OPB), uma versão adaptada que pode ser regida por um grupo designado pelos reguladores", explicou He Yifan, da BSN Red Date Technology, em entrevista ao Washington Post.

Pequim rema contra si própria?

Este gesto de Pequim ocorre meses depois de o Estado ter decretado o fim das atividades de mineração e transação de criptomoedas, colocando um ponto final no desenvolvimento do "núcleo duro" do mercado dos criptoativos na China, até há bem pouco tempo, a maior mineradora mundial.

Em setembro, o Banco Central Chinês (PBOC) intensificou a pressão sobre as criptomoedas, declarando oficialmente que todas as transações relacionadas com este tipo de ativos digitais são ilegais e devem ser proibidas.

 

Todas as transações relacionadas a criptomoedas, incluindo serviços prestados por "exchanges" no estrangeiro, para residentes em território chinês, passaram a ser consideradas atividades financeiras ilícitas.

Desta forma, a China deu o golpe final nas criptomoedas. Após vários avisos e declarações, o Banco Central quis enviar uma mensagem clara enfatizando que qualquer transação em que uma moeda digital esteja envolvida será considerada ilegal. As atividades publicitárias relativas a este tipo de ativo estão proibidas.

Além disso, as autoridades chinesas também anunciaram a proibição de qualquer tipo de apoio financeiro para novos projetos de mineração de criptomoedas.

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