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Os desafios da regulação cripto na Europa

A nova agência criada pela União Europeia para combater a lavagem de dinheiro deverá ter poderes específicos para lidar com criptoativos, segundo Ernest Urtasun, o eurodeputado com lugar na mesa de negociações sobre o pacote europeu de regulação da matéria.
Fábio Carvalho da Silva e em Estrasburgo 04 de Maio de 2023 às 12:00

A nova autoridade europeia para o combate contra o branqueamento de capitais vai ter poderes específicos para a área dos criptoativos. Ernest Urtasun, eurodeputado e relator sombra do relatório da proposta de regulamento que cria a Autoridade para a Luta contra o Branqueamento e o Financiamento ao Terrorismo diz, em entrevista ao Negócios, que é preciso ir mais longe na regulação dos criptoativos.

 

"Estamos a tentar que AMLA [Anti-Money Laundering Authority] – a nova agência que estamos a criar – tenha competências específicas para as criptomoedas e criptoativos também", revela o eurodeputado do grupo político dos Verdes.

 

Envolvido no processo legislativo do novo pacote da UE que regula o combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, o político espanhol dá conta que está a ser negociado entre Conselho, Comissão e Parlamento Europeu "tudo o que sejam normas sobre beneficiário efetivo", para que estas  também se apliquem às criptomoedas.  "Estamos a ver várias coisas", aponta.

 

Apesar de preferir "esperar o fim das negociações, antes de fazer anúncios", o eurodeputado catalão assegura que a nova diretiva europeia que vai regular o branqueamento de capitais – que será a AML6 – vai ser "muito mais completa que a AML5", a diretiva antecessora.

 

A AML6 "vai definir muito melhor o regime de combate ao branqueamento nas criptomoedas e mais coisas", diz.  Entretanto, os  legisladores já trataram  de fazer "algumas emendas à AML5  para converter as obrigações dos prestadores de serviços  cripto".

 

ESMA com supervisão dos gigantes cripto

 

O combate à lavagem de dinheiro é um dos domínios das novas regras que se vão aplicar ao setor. O Parlamento Europeu aprovou no final do mês passado o novo pacote para regular os criptoativos na Europa, composto pelo regulamento europeu sobre cripto (MiCA) e pelo novo regulamento sobre informações que acompanha as transferências de fundos.

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