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FTX pode reabrir portas? "Todas as hipóteses estão em cima da mesa", diz novo CEO
John J. Ray III não fechou a porta ao regresso da FTX à atividade, mas assegurou que para já o primeiro objetivo é reembolsar os lesados.
O novo CEO da FTX, John J. Ray III, encarregue da reestruturação da plataforma cripto, defendeu, em entrevista ao The Wall Street Journal, que "todas as opções" sobre o futuro da empresa "estão em cima da mesa", incluindo a reabertura de portas.
"Todas as opções estão em cima da mesa. Se houver um caminho possível não só o vamos estudar, como faremos dele realidade", assegurou Ray III.
Questionado sobre a dimensão da dívida da empresa, Ray III não respondeu. Além de colocar ordem nas contas, a reestruturação da FTX também já passou pelo recurso aos despedimentos. Segundo a Bloomberg já foram cortados 2.400 pontos de trabalho.
Além disso, a equipa de Ray III está a tentar vender alguns investimentos da empresa, feitos através de "gastos sem controlo", segundo o novo CEO.
Por fim, quando confrontado com as mais recentes declarações de Sam Bankman-Fried - ex-CEO da FTX - de que a FTX US, a operação norte-americana do grupo, ainda está solvente e por isso com capacidade para reembolsar os clientes, Ray III foi claro: "este é o problema, ele [Sam Bankman-Fried] acha que tudo tem um grande barco de dinheiro".
Numa publicação no seu blogue, o "monge capitalista" defendeu que o quadro pintado em tribunal pela Sullivan & Cromwell, sociedade de advogados responsável pela defesa da FTX, sobre as finanças do grupo é "altamente enganador". Aliás, Bankman-Fried foi mais longe e afirmou mesmo que a FTX US tem dinheiro mais que suficiente para pagar aos clientes nos EUA.
No seu "melhor palpite", a operação norte-americana da FTX deve aos seus clientes entre 181 milhões de dólares a 497 milhões de dólares.