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FTX: Bankman-Fried é alvo de mais 12 acusações nos EUA

Ao todo são 12 novas acusações, as quais somam-se a um total de oito acusações de fraude, lavagem de dinheiro entre outros crimes em outra ação.

Sam Bankman-Fried deverá ser presente ao juiz Lewis Kaplan no próximo dia 3 de janeiro, em Manhattan.
Justin Lane/Epa
23 de Fevereiro de 2023 às 15:09
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O ex-CEO e co-fundador da colapsada FTX, Sam Bankman-Fried, vai ser constituído arguido em mais um processo nos EUA, no tribunal de Manhattan. Ao todo serão propostas a juízo mais 12 acusações contra o empresário.

 

"Bankman-Fried furtou os depósitos dos clientes da FTX e usou milhares de milhões de dólares [valor similares em euros] dos fundos roubados para uma variedade de propósitos, explorando a confiança dos clientes", pode ler-se na nova ação proposta esta quinta-feira e citada pela Reuters.

 

O ex-CEO já é arguido num outro processo onde é alvo de um total de oito acusações de fraude, lavagem de dinheiro entre outros crimes.

Quando questionado, no âmbito desse primeiro processo e cumprindo as formalidades do contencioso penal norte-americano, se se considerava "culpado ou inocente", Bankman-Fried declarou-se inocente de todas as acusações tecidas pelo procurador Nicolas Roos.

 

O ex-CEO é acusado de defraudar investidores e de levantar dinheiro dos clientes detidos na plataforma para a compra de imóveis, o que levou o procurador a classificar os alegados crimes de "fraudes de proporções épicas". 

 

O "monge capitalista", como era conhecido até então pela sua filantropia, incluindo política, foi extraditado em dezembro das Bahamas, onde residia e onde está constituída a sede da FTX, para os EUA. O empresário foi colocado em prisão domiciliária na casa dos pais, Joseph Bankman e Barbara Fried, depois de ter pago uma caução de 250 milhões de dólares.

 

Até ao momento, e ao contrário de Bankman-Fried, dois membros da cúpula da FTX já se consideraram culpados diante do juiz Lewis Kaplan do tribunal de Manhattan. Numa audiência a 19 de dezembro, a ex-CEO da Alameda Research – o braço de investimento do grupo cripto, Caroline Ellison,  confessou que defraudou balanços de forma a esconder milhares de milhões de dólares emprestados ao CEO do grupo.

 

Também o co-fundador da FTX Gary Wang se considerou culpado dos factos imputados e ofereceu-se para cooperar enquanto testemunha - mesmo contra o seu par, Bankman-Fried.

 

Wang contou ainda que recebeu ordens para alterar o código de conduta da FTX, para que a Alameda tivesse privilégios especiais dentro do grupo, não tendo no entanto dito quem tinha dado instruções para tal. Além disso, apesar destas mudanças nas regras da empresa, tanto investidores como clientes nunca souberam, segundo o co-fundador, que o braço de investimento do gigante cripto tinha estes poderes.

 

Bankman-Fried, Ellison e Wang também foram processados pelo supervisor financeiro e o regulador para o mercado das "commodites" nos EUA.

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