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França é o primeiro país europeu a dar licença para operar à maior plataforma cripto do mundo

Meio ano depois de o CEO da Binance, Changpeng Zhao, ter admitido que França pode ser o quartel-general da plataforma na Europa e no mundo, o regulador francês foi o primeiro no Velho Continente a dar "luz verde" para a exchange ser oficialmente uma intermediária em cripto.

Pedro Catarino
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França foi o primeiro país da Europa a conceder uma licença à Binance para operar como exchange de criptomoedas, segundo o comunicado enviado pela maior plataforma cripto do mundo.

"Foi concedido à Binance France SAS pela Autorité des Marchés Financiers (regulador financeiro francês) e com o acordo da Autorité de Controle Prudentiel et de Résolution (supervisor bancário do país) o estatuto de prestador de serviços de ativos digitais (na sigla francesa DASP)", pode ler-se na nota.

Para Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance, citado pelo comunicado, "a regulamentação eficaz é essencial para a adoção generalizada das criptomoedas".

Agora que já tem luz verde dos reguladores, a maior plataforma cripto do mundo avança que pretende recrutar "até 250 pessoas especializadas em criptomoedas e blockchain".

França, quartel-geral para a Europa
Para além de ser o primeiro país europeu a autorizar a operação da Binance, França acaba de erguer o título de segundo Estado no mundo a dar luz verde à exchange, depois de Abu Dhabi ter atribuído uma licença provisória à empresa liderada por "CZ", como também é chamado pelos seguidores.

Além disso, Paris pode passar mesmo a ser o quartel-general da plataforma na Europa. Numa entrevista ao jornal francês "Les Echos", Changpeng Zhao explicou que o objetivo é ter sedes locais, regionais e uma global tendo admitido que o país liderado por Emmanuel Macron poderia desempenhar o papel de comando no Velho Continente e quem sabe no mundo.

"França será uma escolha natural para uma sede regional, e talvez até global", disse o fundador da exchange.

E Portugal?
Em entrevista ao Jornal de Negócios no final do ano passado, CZ referiu que "Portugal tem um 'mindset' muito progressista no que toca às cripto", tendo admitido que "gostaríamos muito de estabelecer-nos fisicamente aqui, de ter uma presença local e conseguir licenças".

Questionado se havia datas para apresentar, o CEO da maior exchange cripto do mundo respondeu apenas: "está em progresso, estamos a trabalhar nisso".
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