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FMI pede a El Salvador que reconsidere uso da bitcoin
País anunciou na passada semana que tenciona emitir obrigações bitcoin entre fevereiro e março. FMI alerta que os riscos associados à criptomoeda não se materializaram devido ao seu "uso limitado".
"Dados os riscos legais, a fragilidade orçamental e enorme natureza especulativa dos mercados cripto, as autoridades devem reconsiderar os planos de expor o governo à bitcoin", referiu a organização numa nota publicada após uma visita àquele país da América Central.
No final de novembro, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou que que queria dar o próximo passo no uso da Bitcoin, com a criação de um quadro que permita a emissão de dívida pública na moeda mais cotada do mercado cripto. Já na altura, a medida suscitou preocupação do Fundo Monetário Internacional, que emitiu relatórios onde defendia que a utilização de criptomoedas como forma de combater a desvalorização de outras moedas provocada pela inflação é um risco à estabilidade financeira e não a solução para este problema.
O FMI considera que os riscos associados à criptomoeda não se materializaram devido ao seu "uso limitado", mas que este pode aumentar "devido ao estatuto legal e novas reformas legislativas para encorajar o uso de criptoativos, incluindo obrigações em bitcoin".
De modo a que a estabilidade e a integridade financeira do país não seja afetada, os técnicos do FMI recomendam uma maior transparência por parte das autoridades de El Salvador em torno das transações realizadas neste criptoativo.
El Salvador tornou-se a primeira nação do mundo a adotar a bitcoin como moeda com curso legal, estando a sua cotação a funcionar segundo as regras livres do mercado cripto, ou seja, sujeita a alta volatilidade. Na passada semana, o ministro das Finanças, Alejandro Zelaya, revelou que o país tencionava emitir obrigações bitcoin entre fevereiro e março.