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Bitcoin perde para a inteligência artificial e regista primeira queda mensal deste ano
A criptomoeda mais cotada do mercado registou uma perda de 8%, mas mantém um crescimento de mais de 60% desde o início do ano. Durante o mês de maio, o índice da Bloomberg que acompanha as ações ligadas à inteligência artificial cresceu cerca de 10%.
A bitcoin está prestes a registar a primeira queda mensal deste ano, com os investidores mais atentos às ações de crescimento, em especial os títulos ligados à inteligência artificial.
A criptomoeda mais cotada do mercado desvalorizou mais de 8% em maio, estando a negociar perto da fasquia dos 27 mil dólares.
Um conjunto de 100 ativos virtuais, cujo desempenho é acompanhado por um índice da Bloomberg, registou também uma queda mensal com uma dimensão semelhante à da bitcoin.
Durante o mesmo período, o "benchmark" mundial S&P 500 valorizou pouco mais de 1%, o tecnológico Nasdaq Composite ganhou mais de 5% e o ouro valorizou 3,59%. As ações ligadas à inteligência artificial centraram as atenções, tendo o subíndice da Bloomberg que acompanha este setor somado 10%.
Além disso, a rede bitcoin foi ainda ofuscada pelo sentimento de alta em torno dos NFT (non fungible tokens) e das "meme coins", como a Pepe.
"A criptomoeda está a perder para as ações tecnológicas, que apresentam uma narrativa mais forte, que impulsiona o interessa os investidores", explica Markus Thielen, responsável pelo departamento de "research" da Matrixport, citado pela Bloomberg.
Durante este período, os investidores estiveram ainda atentos aos passos dados pelo poder político nos EUA para aumentar o tecto da dívida, de forma a evitar o "default".
O sentimento foi ainda influenciado pela expectativa em torno do futuro das políticas monetárias levadas a cabo pelos bancos centrais. Com esta queda, a bitcoin cumpre ainda o adágio de maio, que dita "vender e ir embora".
Apesar desta queda, a bitcoin mantém a trajetória ascendente, tendo escalado mais de 60% desde o início do ano, em comparação com o crescimento de mais de 8% do S&P 500 e uma valorização de mais de 20% do Nasdaq Composite.