Notícia
Venda de malparado deve cair mais de 44% para 1,7 mil milhões em 2022
Estima-se que a venda deste tipo de ativos se fixe em 1,7 mil milhões de euros, de acordo com a PrimeYield, um valor muito inferior às expectativas do início do ano que apontavam para um valor entre os 6,5 mil milhões e os 8 mil milhões de euros.
O investimento em carteira de crédito malparado (NPL Non-Performing Loans, na sigla em inglês) deverá reduzir significativamente este ano em Portugal e estima-se que a venda deste tipo de ativos ascenda a 1,7 mil milhões de euros. É o que indica o relatório "Investing in NPL in Iberia", da Prime Yield.
Este volume apresenta uma queda de 44% face aos três mil milhões transacionados em 2021, ano em que a atividade recuperou após a travagem de 2020, quando as operações não foram além dos mil milhões.
"Os valores agora apurados contrariam bastante as estimativas que tínhamos no início do ano, que apontavam para a continuação da retoma da atividade para níveis pré-Covid, cujos padrões se situavam entre os 6,5 mil milhões de euros e os 8 mil milhões de euros anuais", revela Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.
"Mas, na realidade, já vimos que a conjuntura tem a capacidade de se alterar de forma muito rápida e, também, neste mercado surgiram alguns fatores que, conjugados, acabaram por resultar num arrefecimento da atividade transacional", remata o responsável.
De acordo com a empresa de consultoria e avaliação de ativos esta quebra face aos valores verificados em 2021 deve-se a três fatores: a menor dimensão das carteiras de ativos; uma redução do número de carteiras, com 11 portefólios negociados contra 13 no ano anterior, e, adicionalmente, não só o stock de malparado não aumentou, como se observou a entrada de vários "servicers" no mercado e a existência de "um desencontro forte nas expetativas de preço entre vendedores e compradores".
A perda de dinâmica na venda de malparado foi acompanhada por uma redução lenta do volume de crédito malparado no sistema financeiro português. No segundo trimestre deste ano, Portugal contabilizava 7,5 mil milhões de euros de crédito em incumprimento nos bancos nacionais, um montante que corresponde a 3,3% do crédito total concedido no país. Este volume fica apenas 200 milhões abaixo do verificado final de 2021.
Este volume apresenta uma queda de 44% face aos três mil milhões transacionados em 2021, ano em que a atividade recuperou após a travagem de 2020, quando as operações não foram além dos mil milhões.
"Mas, na realidade, já vimos que a conjuntura tem a capacidade de se alterar de forma muito rápida e, também, neste mercado surgiram alguns fatores que, conjugados, acabaram por resultar num arrefecimento da atividade transacional", remata o responsável.
De acordo com a empresa de consultoria e avaliação de ativos esta quebra face aos valores verificados em 2021 deve-se a três fatores: a menor dimensão das carteiras de ativos; uma redução do número de carteiras, com 11 portefólios negociados contra 13 no ano anterior, e, adicionalmente, não só o stock de malparado não aumentou, como se observou a entrada de vários "servicers" no mercado e a existência de "um desencontro forte nas expetativas de preço entre vendedores e compradores".
A perda de dinâmica na venda de malparado foi acompanhada por uma redução lenta do volume de crédito malparado no sistema financeiro português. No segundo trimestre deste ano, Portugal contabilizava 7,5 mil milhões de euros de crédito em incumprimento nos bancos nacionais, um montante que corresponde a 3,3% do crédito total concedido no país. Este volume fica apenas 200 milhões abaixo do verificado final de 2021.