Notícia
Só o crédito ao consumo aumentou em Abril
Apesar de as novas operações de crédito estarem a aumentar, o novo financiamento não compensa as amortizações que têm sido permitidas pelas taxas de juro em mínimo histórico.
O "stock" do financiamento continua a diminuir, tanto às famílias como às empresas. A excepção é o crédito ao consumo, o único destino em que o financiamento líquido continua a aumentar, revelam os dados do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira. O aumento das novas operações continua a ser compensado pelo elevado ritmo de amortizações num contexto de juros em mínimos históricos.
Os empréstimos a sociedades não financeiras, em Abril, diminuíram 2,7% face ao mesmo período do ano passado. Isto depois de terem sofrido uma queda de 2,8% no mês anterior. por tipo de empresas, os empréstimos às empresas privadas exportadoras recuaram 0,8%, tal como em Março.
"O rácio de crédito vencido das sociedades não financeiras não se alterou, mantendo-se em 16,4%. No entanto, a percentagem de devedores com crédito vencido diminuiu 0,2 pontos percentuais (p.p.), fixando-se em 29,5%", explica o Banco de Portugal. O supervisor acrescenta que as empresas privadas exportadoras registaram um rácio de crédito vencido de 6,1% e uma percentagem de devedores com crédito vencido de 9,4%, em Abril, tendo ambos os indicadores aumentado 0,2 pontos percentuais face ao mês anterior.
No que diz respeito às famílias, o "stock" de crédito caiu 1,9%, uma queda superior em 0,2 pontos percentuais face à registada em Março. Por segmento, o financiamento líquido para a compra de casa recuou 2,8% face ao mesmo mês do ano passado, tal como em Março. Pelo contrário, no consumo e outros fins, o total de crédito aumentou 2%, em Abril, depois de já ter crescido 1,5%, em Março.
"O rácio de crédito vencido e a percentagem de devedores do sector das famílias com crédito vencido aumentaram 0,1 ponto percentual em relação a Março, fixando-se em 5,2% e 14,5%, respectivamente", frisa o Banco de Portugal.