Notícia
Seis grandes bancos dão 84% do crédito para a casa
São as grandes instituições financeiras aquelas que estão a beneficiar com a recuperação do crédito à habitação. Em regra, são estas que oferecem "spreads" mais baixos.
O ano de 2015 ficou marcado pela recuperação do mercado imobiliário. Grande parte desta recuperação foi suportada pela maior abertura dos bancos para conceder crédito. No acumulado do ano, foram concedidos quase quatro mil milhões de euros em novas operações, repartidos por mais de 43 mil contratos. A grande maioria destes financiamentos, mais de 80%, ficou nas "mãos" dos seis maiores bancos nacionais.
As instituições financeiras emprestaram 3,9 mil milhões de euros para a compra de casa, em 2015, tendo sido assinados 43.041 novos contratos. "Nos contratos celebrados em 2015 assistiu-se a um aumento da concentração do mercado, face aos contratos celebrados em 2014, contrariando a redução de concentração verificada nesse ano face a 2013", refere o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2015, publicado pelo Banco de Portugal.
Isto porque, 84,2% dos contratos foram concedidos pelas seis maiores instituições, de um conjunto de 33 bancos. Estes mesmos bancos foram responsáveis por 83,1% do valor emprestado. Estas mesmas instituições foram responsáveis por 78,9% dos contratos e emprestaram 76,8% do montante no ano anterior. Esta evolução resulta em parte dos "spreads" mais baixos oferecidos por estas instituições.
Entre os grandes bancos nacionais, o Santander Totta disponibiliza a margem mais baixa, de 1,5%, que é apenas melhorada pelos 1,25% oferecidos pelo Bankinter que entrou recentemente no mercado nacional. Já a CGD e o BCP têm um "spread" mínimo de 1,75%, enquanto BPI e Novo Banco comercializam uma taxa de 1,95%.
Apesar da recuperação das novas operações de crédito à habitação desde o início do ano passado, as amortizações continuam a ser mais expressivas, com as famílias a beneficiaram de um contexto de juros negativos. O saldo de empréstimos para a casa ascendia a 97,2 mil milhões de euros, no final de Junho, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), o valor mais baixo desde Maio de 2007. Este valor fica aquém dos 97,4 mil milhões de euros do mês anterior.
As instituições financeiras emprestaram 3,9 mil milhões de euros para a compra de casa, em 2015, tendo sido assinados 43.041 novos contratos. "Nos contratos celebrados em 2015 assistiu-se a um aumento da concentração do mercado, face aos contratos celebrados em 2014, contrariando a redução de concentração verificada nesse ano face a 2013", refere o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2015, publicado pelo Banco de Portugal.
Entre os grandes bancos nacionais, o Santander Totta disponibiliza a margem mais baixa, de 1,5%, que é apenas melhorada pelos 1,25% oferecidos pelo Bankinter que entrou recentemente no mercado nacional. Já a CGD e o BCP têm um "spread" mínimo de 1,75%, enquanto BPI e Novo Banco comercializam uma taxa de 1,95%.
Apesar da recuperação das novas operações de crédito à habitação desde o início do ano passado, as amortizações continuam a ser mais expressivas, com as famílias a beneficiaram de um contexto de juros negativos. O saldo de empréstimos para a casa ascendia a 97,2 mil milhões de euros, no final de Junho, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), o valor mais baixo desde Maio de 2007. Este valor fica aquém dos 97,4 mil milhões de euros do mês anterior.
Consumo sobe pelo terceiro mês Ao contrário do que aconteceu nos restantes segmentos de crédito às famílias, no consumo, o saldo tem vindo a aumentar. Em Junho, subiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu os 12,67 mil milhões de euros, segundo os dados do BCE. "Essa tendência reflecte, principalmente, a oferta de crédito que é mais abundante, a preços mais baixos e com facilidade de aprovação", explica Filipe Garcia. "A variação do crédito ao consumo depende mais da oferta dos bancos do que da procura por parte das famílias", sublinha o economista da IMF. E esta maior oferta é favorecida pelo facto de os bancos estarem "com vontade e necessidade de fazer negócio e sentem conforto na política monetária", diz.