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Novo crédito à habitação recua em abril para mínimos de agosto

O ritmo de concessão de novo crédito para a compra de casa abrandou em abril, para mínimos de oito meses.

Neste estado de emergência houve negócios de compra e venda de imóveis adiados. Mas o setor acredita numa recuperação.
Miguel Baltazar
05 de Junho de 2020 às 11:37
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A pandemia atirou a concessão de novo crédito para o valor mais baixo em oito meses, com os bancos a financiarem menos 121 milhões de euros para a compra de casa em abril, face ao mês anterior.

 

As novas operações de crédito à habitação recuaram, em abril, para 831 milhões de euros, abaixo dos 952 milhões de euros, o que representa o montante mais baixo desde agosto, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

 

Apesar da quebra mensal, o novo crédito aumentou 3,5% face aos 803 milhões de euros emprestados em financiamento para a aquisição de habitação no quarto mês do ano passado.

 

O crédito à habitação vem de um período de grande crescimento. Contabilizando o período compreendido entre janeiro e março, foram financiados 2.848 milhões de euros em crédito para a compra de casa, o que representa o melhor primeiro trimestre desde 2008, o ano da crise financeira. Contudo, as medidas de confinamento afetaram as novas operações em abril, sendo expectável que maio também tenha sido penalizado pela pandemia.

 

Crédito ao consumo tomba para metade

 

No crédito ao consumo, o impacto da pandemia foi ainda mais forte, com as novas operações a afundarem para menos de metade do valor financiado em março. Segundo os dados do Banco de Portugal, foram emprestados 177 milhões de euros em novo crédito ao consumo, durante o mês de abril, um montante que compara com os 421 milhões emprestados em março.

 

É preciso recuar a janeiro de 2014, mês em que foram emprestados 169 milhões de euros, para ver um mês com um volume de novas operações no crédito ao consumo tão baixo. Já o crédito para outros fins baixou de 240 milhões de euros para 131 milhões de euros.

 

Os empréstimos destinados às empresas também recuaram. As novas operações baixaram, em abril, para 2.701 milhões de euros, face aos 2.877 milhões de euros concedidos em março. Ainda assim, os montantes financiados às sociedades não financeiras ficam acima dos 2.373 milhões emprestados em abril de 2019.

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