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Malparado no crédito à habitação em mínimos de 2013

O crédito malparado das famílias aumentou, apenas devido aos contratos de financiamento para outros fins, onde se encontra a educação, a energia ou a saúde. Nos contratos de crédito à habitação o malparado está em níveis de 2013 e no crédito ao consumo em níveis de 2009.

Reuters
08 de Agosto de 2017 às 12:30
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O crédito malparado das famílias, ou seja, a percentagem de incumprimento face ao total do financiamento concedido, aumentou, em Junho, para 4,20%, o que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro de 2016, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta terça-feira, 8 de Agosto.

 

Esta evolução é justificada apenas pelo destino de financiamento de "outros fins", onde se inclui financiamento para saúde, educação ou energia. Neste segmento verificou-se não só um aumento do volume em incumprimento para 2.028 milhões de euros, como uma redução do montante total financiado (8.540 milhões de euros). Assim, o peso do malparado neste segmento voltou a disparar para 23,75%, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre.

 

Este segmento já está bastante equiparado ao malparado verificado no crédito à habitação, cujo volume ascende a 2.101 milhões de euros e que costuma ser o mais elevado, já que também movimenta muito mais dinheiro (93.767 milhões). Porém, o peso do incumprimento neste destino de financiamento desceu para 2,24%, em Junho, representando o valor mais baixo desde Setembro de 2013.

 

Já no crédito ao consumo, o malparado desceu para 5,52%, o que representa mesmo o nível mais baixo de incumprimento desde Janeiro de 2009. A última vez que o peso do malparado no crédito ao consumo tinha estado abaixo dos 6% foi em Abril de 2009, desde então esteve sempre acima dessa fasquia, tendo atingido o pico de 12,26% em Março de 2013.

 

Malparado nas empresas em mínimos de 2014

 

No que respeita às empresas também se assistiu a uma melhoria do cenário, o que é habitual nos fechos de trimestre (como é o caso) porque a banca costuma aproveitar estas alturas para limpar as suas carteiras de crédito.

 

Assim, no final do segundo trimestre do ano, as empresas tinham 10.618 milhões de euros em crédito malparado, o que corresponde a 14,14% do total dos financiamentos concedidos (75.096 milhões de euros).

 

Este valor representa uma queda face ao mês anterior e corresponde mesmo ao nível de incumprimento mais baixo desde Outubro de 2014.

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