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Depósitos das famílias abrandam mas continuam em máximos históricos

"Stock" de depósitos de particulares alcançou, no final de novembro, os 191,7 mil milhões de euros - mais 7,8% do que no mês anterior. Este valor representa uma desaceleração face aos 8,3% de outubro.

DR
02 de Janeiro de 2025 às 11:29
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Depois de em outubro já ter registado máximos históricos, o "stock" de depósitos de particulares continuou a crescer em novembro, chegando aos 191,7 mil milhões de euros – mais 2,36 mil milhões de euros do que no mês anterior, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Este valor representa uma variação positiva de 7,8% em relação ao período homólogo, embora represente uma desaceleração face a outubro. Neste mês, o "stock" de depósitos de particulares tinha aumentando 8,3% - o valor mais alto desde fevereiro de 2021.

De acordo com a nota estatística disponibilizada pelo banco central, a variação registada em novembro resultou de um aumento de "1.730 milhões de euros das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e também do incremento de 632 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)".

Já entre as empresas, o volume de depósitos nos bancos residentes totalizava, no final de novembro, 67,6 mil milhões de euros – um aumento de 700 milhões de euros, quando comparado com o mês anterior. Em termos de variação homóloga assistiu-se a um crescimento de 5%, o maior crescimento desde fevereiro de 2023.

Banca empresta mais 603 milhões a famílias

Os empréstimos para habitação continuaram a crescer em novembro, pelo décimo mês consecutivo. O aumento foi de 2,8% em termos homólogos para 101,9 milhões de euros, mais 493 milhões face a outubro.

Já o montante de empréstimos ao consumo e outros fins registou um aumento de 110 milhões de euros em cadeia para 30,2 mil milhões. É o 14.º mês consecutivo que esta categoria de crédito regista uma subida, acelerando 6,2% quando comparado com o período homólogo.

No total, a banca emprestou às famílias portuguesas mais 603 milhões de euros em novembro, levando o montante total de empréstimos a particulares para 132,1 mil milhões. O valor representa um aumento de 3,6% face a outubro.

Já no que diz respeito às empresas, o "stock" de empréstimos cresceu em 263 milhões de euros, totalizando 72,2 mil milhões de euros. É um crescimento de 1,3%, a maior taxa de variação anual desde setembro de 2022, que fica acima da média da Zona Euro (0,8%).

As pequenas e médias empresas destoam do cenário geral e continuaram a registar taxas de variação anual negativas, ao caírem 1,6% e 4,3%, respetivamente. Já os empréstimos às microempresas e às grandes empresas continuaram a crescer (8,5%, e 1,5% respetivamente).

Por setor de atividade, "o setor das indústrias e eletricidade e o setor do comércio, transportes e alojamento apresentaram, em novembro, taxas de variação anual negativas, de -1,0% e -0,7%, respetivamente (-1,3% e -0,9% em outubro). Pelo contrário, no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva: 5,7% (4,8% em outubro)", lê-se na nota de estatística disponibilizada pelo Banco de Portugal.

(notícia atualizada às 11:48)

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