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Crédito para a compra de carro cresce 41% em 2015
Os novos contratos de crédito automóvel aumentaram quase 41%, no ano passado. Este segmento foi essencial para o crescimento do crédito ao consumo, em 2015.
O crédito ao consumo registou um forte crescimento, no ano passado, revelou o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, de 2015. Neste tipo de financiamento, os empréstimos para a compra de carro destacaram-se com um aumento de 41% face ao ano anterior, explica o Banco de Portugal.
"No mercado do crédito aos consumidores assistiu-se, em 2015, a um significativo aumento do montante de crédito concedido, que veio reforçar os aumentos verificados nos dois últimos anos", frisa o relatório. Em média, foram assinados 112.226 contratos por mês, o que representa um aumento de 7,8% face a 2014. Já o montante de financiamento cresceu 23%.
"Em 2015, destaca-se o crescimento verificado no crédito automóvel face ao ano anterior (mais 40,9%), um aumento que, embora com menor intensidade, também se registou nos outros tipos de crédito – pessoal e ‘revolving’ (18,7% e 7,2%, respectivamente)", acrescenta o mesmo relatório.
A contratação do crédito continua, na sua maioria, a ser efectuada directamente junto da instituição de crédito. Este tipo de crédito representou 60,6% do total, apesar do aumento do peso da contratação através do estabelecimento comercial onde é feita a compra (ponto de venda), que passou de 36,3% para 39,4%, em 2015.
"Este aumento resulta sobretudo da evolução verificada no crédito ‘revolving’ (que, em 2015, apresentou um acréscimo de 2,1 pontos percentuais na proporção do montante concedido através de ponto de venda), mas também do aumento do peso do crédito automóvel no total do crédito aos consumidores (já que 90,3% do montante concedido neste tipo de crédito foi contratado através de um ponto de venda)", explica o Banco de Portugal.
Quanto ao custo do crédito, a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG) média caiu em todos os segmentos de crédito, entre o último trimestre de 2014 e o último trimestre de 2015. A TAEG média de mercado desceu em 1,7 pontos percentuais para 11,9%.