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Concorrência e economia aliviaram restrição no crédito da banca
No Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, divulgado hoje pelo Banco de Portugal, algumas instituições salientam a menor percepção de riscos na situação económica para aliviar a restrição de concessão de crédito.
O sector bancário português registou uma "ligeira redução na restritividade do crédito" no final do ano passado, devido à maior concorrência e à redução da percepção de riscos no mercado de habitação e na situação económica.
Os dados, referentes aos últimos três meses, constam do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, divulgado pelo Banco de Portugal esta terça-feira, 17 de Janeiro.
Uma das cinco instituições sondadas pelo regulador dá, contudo, conta de um comportamento inverso, uma vez que a redução da tolerância a riscos aumentou ligeiramente a sua restritividade do crédito.
Outros dois bancos dão conta de uma ligeira redução de spreads aplicados no crédito a particulares e habitação. "Para o primeiro trimestre de 2017, a generalidade das instituições inquiridas não antecipa alterações nos respectivos critérios de aprovação de crédito ao sector privado não financeiro," nota o Banco de Portugal.
O último trimestre do ano passado ficou também marcado por uma estabilização na procura de empréstimos das empresas e um ligeiro acréscimo no dos particulares.
Para os próximos três meses, a maioria dos bancos inquiridos disse não antecipar alterações significativas na procura de empréstimos, embora duas instituições esperem "um aumento ligeiro da procura", na compra de casa e consumo.
Esta segunda-feira, num documento separado, o Banco de Portugal deu conta de que o mês de Novembro marcou a concessão do maior valor em crédito ao consumo por parte das instituições financeiras em Portugal em pelo menos três anos.