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Bancos financiam perto de 1.700 milhões para a casa em março. Máximos de 2007

Desde dezembro de 2007 que os bancos não emprestavam tanto dinheiro num mês para a compra de casa.

O crédito à habitação mantém uma tendência de crescimento, com o Banco de Portugal atento a riscos.
Tiago Sousa Dias
05 de Maio de 2022 às 12:35
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O ritmo de financiamento para a compra de casa acelerou, em março, para máximos de dezembro de 2007, com os bancos a reforçaram os empréstimos antes da entrada em vigor das novas restrições ao crédito à habitação.

 

Durante o mês de março foram concedidos 1.691 milhões de euros em novos empréstimos para a aquisição de habitação, o valor mais elevado desde o final de 2007 e uma subida de cerca de 33% face aos 1.270 milhões emprestados em fevereiro, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quinta-feira.

 

No acumulado dos primeiros três meses foram emprestados 4.155 milhões de euros para a compra de casa, o que equivale também a um novo máximo desde 2007, período anterior à crise financeira de 2008. Nos primeiros três meses de 2021, as novas operações tinham atingido os 3.916 milhões de euros.

 

Este aumento das novas operações antecede a entrada em vigor das novas restrições ao crédito, no seguimento de uma atualização da medida macroprudencial do Banco de Portugal para o crédito. Desde o início de abril que os novos financiamentos devem ter uma maturidade máxima de 40 anos apenas para mutuários com idade inferior ou igual a 30 anos. Já para quem tem entre 30 e 35 anos, o prazo máximo recomendado desce para 37 anos, reduzindo-se outros dois anos, para um prazo máximo de contrato de 35 anos, para mutuários com mais de 35 anos.

 

O objetivo desta medida é caminhar para uma "convergência gradual para uma maturidade média de 30 anos até final de 2022". Uma convergência que, segundo o supervisor, não estaria a acontecer.

 

Também nas outras finalidades de crédito foi registado um aumento face aos montantes emprestados em fevereiro. o crédito para consumo aumentou para 501 milhões de euros, e o crédito para outros fins cresceu para 259 milhões de euros, face aos 453 e 212 milhões de euros financiados no mês anterior, respetivamente.

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