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Após dois meses a descer, avaliação bancária volta a aumentar em dezembro

Após ter descido nos últimos dois meses consecutivos, o valor mediano da avaliação bancária voltou a subir no último mês do ano para 1.536 euros por metro quadrado. O número de avaliações aumentou de forma ligeira.

Sérgio Lemos
29 de Janeiro de 2024 às 11:10
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A avaliação bancária voltou a aumentar em dezembro, depois de ter descido em outubro e novembro. A mediana do último mês do ano foi de 1.536 euros por metro quadrado, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a novembro, trata-se de uma subida de 6 euros, o que representa um aumento mensal de 0,4%. Já em comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de variação fixou-se em 5,3%, valor que compara com 5,6% em novembro.

"O Oeste e Vale do Tejo apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,1%) tendo-se verificado uma única descida na Região Autónoma dos Açores (-0,2%)", detalha o INE.

Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de dezembro, foram consideradas 29.447 avaliações (18.993 apartamentos e 10.484 moradias) - o valor mais elevado desde maio de 2022 e mais 21,8% do que no mesmo período de 2022. Em comparação com o mês anterior, realizaram-se mais 266 avaliações bancárias, o que corresponde a um acréscimo de 0,8%.

Por tipologia de habitação, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi de 1.703 euros por metro quadrado (mais 4,3% relativamente a dezembro de 2022).

"Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2 277 euros/m2) e no Algarve (2 054 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1 130 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,4%) e a Região Autónoma dos Açores a única descida face ao mesmo período do ano anterior (-2,7%)", indica o instituto de estatística nacional.

Em termos de tipologia, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 13 euros para 1.750 euros, os T3 desceram 1 euro para 1.504 euros. "No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,1% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise", revela o INE.

Já nas moradias, o valor mediano foi de 1.210 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 5,4% face ao período homólogo. "Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 196 euros/m2) e no Algarve (2 088 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (937 euros/m2 e 990 euros/m2, respetivamente). O Alentejo apresentou o maior crescimento homólogo (13,3%), tendo-se registado reduções no Algarve (-1,3%) e na Grande Lisboa (-0,5%)", pode ler-se.

De acordo com o índice do valor mediano de avaliação bancária, em dezembro de 2023, a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 47,6%, 34,4%, 14,1%, 11,8% e 9,0%, respetivamente, superiores à mediana do país.

Já Beiras e Serra da Estrela, Alto Alentejo, Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-47,9%, -46,6% e -45,7%, respetivamente).

Em 2023, o valor mediano de avaliação situou-se em 1.521 euros por metro quadrado, traduzindo-se num aumento de 8,6% relativamente ao ano anterior.
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