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Moeda chinesa atinge valor mais alto desde setembro face ao fim da política 'zero covid'

A moeda chinesa não é inteiramente convertível. O banco central chinês estabelece diariamente uma taxa de paridade para o valor do yuan em relação ao dólar norte-americano.

A moeda chinesa arrastou as bolsas de todo o mundo no Verão de 2015. Na madrugada de 10 para 11 de Agosto, o Banco Popular da China anunciou a maior desvalorização do yuan desde os anos 90, ao mesmo tempo que flexibilizava a cotação da sua divisa. A decisão fez tremer os mercados, uma vez que os investidores começaram a ter dúvidas sobre a real saúde da economia chinesa. A desvalorização foi entendida como um sinal de preocupante debilidade, como que numa tentativa de evitar que a sua desaceleração após um crescimento em torno de dois dígitos resultasse numa recessão.
Praticamente todo o mês de Agosto foi de queda nas bolsas, tendo a sessão de dia 24 sido apelidada de 'segunda-feira-negra', uma vez que se viveu 'mini-crash'. No dia seguinte, a China voltou a intervir para tentar travar a espiral de queda nos mercados e o banco central avançou com o quinto corte de juros desde Novembro de 2014, numa tentativa de estimular a economia. Resultou: as bolsas mundiais dispararam, a corrigirem da pior sessão em sete anos.
Reuters
05 de Dezembro de 2022 às 09:10
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A cotação da moeda chinesa, o renmimbi, face ao dólar norte-americano, atingiu esta segunda-feira o valor mais alto desde meados de setembro, após a China ter relaxado as medidas de prevenção epidémica, sinalizando o fim da estratégia 'zero covid'.

Segundo a taxa de câmbio oficial, definida diariamente pelo Banco do Povo da China (banco central), um dólar valia 6,9515 renmimbis, a meio da sessão desta segunda-feira, fixando-se, pela primeira vez desde 16 de setembro abaixo de 7.

A taxa 'offshore' - negociada nos mercados internacionais - situou-se em 6,94885, também a cotação mais alta desde meados de setembro.

A moeda chinesa não é inteiramente convertível. O banco central chinês estabelece diariamente uma taxa de paridade para o valor do yuan em relação ao dólar norte-americano. A moeda chinesa pode oscilar até 2% face a essa taxa de referência.

Entre o final de outubro e início de novembro, a moeda chinesa atingiu os níveis de câmbio mais baixos desde 2007, na sequência do 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCC).

A nova formação do Comité Permanente do Polibturo, a cúpula do poder na China, foi mal recebida pelos investidores, face à ausência de reformistas económicos orientados para o mercado.

No entanto, desde então, orenmimbi recuperou cerca de 5% em relação ao dólar.

As praças financeiras chinesas registaram também fortes ganhos. O índice Hang Seng, a Bolsa de Valores de Hong Kong, subiu 3,46%, a meio da sessão de hoje, enquanto em Xangai a recuperação foi de 1,56% e em Shenzhen 0,65%.
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