Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bitcoin afunda mais 16% após bancos proibirem compra a crédito

A desvalorização das criptomoedas intensificou-se esta segunda-feira. Face aos máximos de Dezembro, a queda já supera os 60%.

A bitcoin vai atingir um máximo histórico de 60.000 dólares em 2018, com uma capitalização de mercado acima de um bilião de dólares, uma vez que o surgimento do contrato de futuros para esta criptomoeda levou a uma onda de envolvimento por parte de investidores e fundos que se sentem mais confortáveis a negociar futuros do que a endossar fundos a bolsas de criptomoedas. No entanto, o fenómeno bitcoin irá “ficar sem tapete” conforme a Rússia e a China forem travando, e até mesmo proibindo, as moedas virtuais. Após o espectacular pico em 2018, a bitcoin irá colapsar e assomar-se a 2019 perto do seu “custo de produção” de 1.000 dólares.
reuters
  • ...

As criptomoedas sofrem esta segunda-feira mais uma sessão de fortes quedas, penalizadas pelos anúncios de vários bancos, que proibiram os seus clientes de transaccionar os títulos com recurso a crédito.

 

A bitcoin, que é a mais relevante das criptomoedas, afunda 16% para 7.175 dólares, o que de acordo com as cotações da Bloomberg corresponde a um mínimo de Novembro passado e representa uma queda de mais de 60% face ao máximo de sempre fixado em Dezembro nos 19.511 dólares.

 

As restantes criptomoedas estão também em queda acentuada, com a ripple e a ethereum a caírem até 14%.

 

O desempenho fortemente negativo da sessão de hoje surge depois de instituições financeiras dos dois lados do Atlântico terem decidido proibir os seus clientes de usarem os seus cartões de crédito na aquisição de moedas virtuais. De acordo com a Reuters, os bancos temem que a queda do valor destas moedas deixe os seus clientes impossibilitados de reembolsar as suas dívidas.

 

O Lloyds Banking Group revelou ontem que tomou esta decisão depois da deliberação dos norte-americanos JPMorgan Chase e Citigroup. Na semana passada, a Mastercard, a segunda maior rede de pagamentos do mundo, revelou que os clientes que adquiriram moedas virtuais com cartões de crédito levaram a um crescimento de um ponto percentual nos volumes de transacções realizados no estrangeiro, no último trimestre do ano passado.

 

A desvalorização das criptomoedas é também influenciada pela fuga dos investidores dos activos mais arriscados, um movimento que se deve às expectativas de subida da inflação e que está a afectar fortemente os mercados accionistas nas últimas sessões.

 

O número crescente de vozes nos mercados financeiros a alertar para uma bolha nas criptomoedas também terá contribuído para este movimento de quedas aceleradas nas moedas digitais.

 

economista Nouriel Roubini não esteve, na semana passada, com rodeios quando falou à Bloomberg sobre o forte crescimento e estoiro das criptomoedas, especialmente a bitcoin. O professor de economia salientou que a bitcoin é "a maior bolha na história da humanidade" e que esta "mãe de todas as bolhas" está "finalmente" a estoirar. 

Ver comentários
Saber mais bitcoin moeda virtual criptomoeda
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio