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Vendas da Jerónimo Martins "impressionantes" mas acções já reflectiram

As acções da Jerónimo Martins estão em baixa ligeira apesar dos números ontem divulgados terem surpreendido os analistas pela positiva, com o regresso ao forte crescimento das vendas na Polónia.

13 de Janeiro de 2017 às 08:52
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Os analistas tinham antecipado um forte quarto trimestre para a Jerónimo Martins e a empresa cumpriu. A empresa que controla a cadeia de supermercados Pingo Doce anunciou ontem uma subida de 6,5% nas vendas em 2016.

 

Os números foram bem recebidos pelos analistas, que os classificaram de "impressionantes" (Haitong), "sólidos" (CaixaBI) e "fortes" (BPI), mas as acções até estão a reagir em queda, uma vez que o mercado já tinha antecipado esta tendência positiva.

 

Antes do anúncio de ontem, as acções tinham valorizado 11%, uma vez que vários bancos de investimento avisaram os sues clientes que os números que a Jerónimo Martins iria apresentar eram fortes.

 

O Haitong assinala que cinco anos depois a unidade polaca Biedronka regressou aos crescimentos de dois dígitos nas vendas. Aconteceu no quarto trimestre, com as vendas a crescerem 11,9%, o que se situou 3 pontos percentuais acima do esperado pelo consenso do mercado.

 

O Haitong classifica esta evolução de "impressionante", mas avisa que o potencial das acções é limitado, já que estão a transaccionar apenas 5% abaixo do preço-alvo que tem para a cotada (16,80 euros) e com um prémio de 20% face ao sector. "Mesmo tendo em consideração a visibilidade dos resultados e um ‘dividend yield’ mais elevado, pensamos que este prémio torna mais difícil uma subida adicional das acções a partir do ponto actual e por isso reiteramos a nossa recomendação de ‘neutral’", refere o banco de investimento.

 

Na nota diária que envia a clientes, o Haitong assinala que o anúncio das vendas de 2016 resultaram numa revisão das estimativas de resultados, mas o impacto no preço-alvo foi de apenas 1%. Os números relativos à actividade em Portugal ficaram ligeiramente abaixo do esperado, mas tal não teve impacto nas estimativas do banco.

 

O CaixaBI também deixa elogios à prestação da Jerónimo Martins, considerando que apresentou números "sólidos". "Os dados ontem divulgados confirmaram o momento positivo da JM ao nível do crescimento de vendas, com destaque para a solidez dos números na Biedronka (Polónia). De uma maneira geral, reiteramos a visão positiva" para a cotada, refere o banco de investimento da CGD.

 

O CaixaBI recomenda acumular para as acções da Jerónimo Martins, comum preço-alvo de 16,30 euros.

 

O BPI assinala que os números da Jerónimo Martins ficaram 2% acima das suas estimativas, devido à prestação "mais forte" que o esperado na Polónia e na unidade na Colômbia (ARA).

Ao contrário do Haitong, o BPI vê espaço para uma reacção positiva das acções, pois as expectativas já eram altas e mesmo assim a empresa conseguiu superar. Apesar do desempenho nas primeiras sessões do ano, no acumulado de três meses as acções subiram em linha com o mercado (1,9%), "pelo que vemos espaço para as acções reagirem de forma positiva ao comunicado de ontem".

 

O BPI tem uma recomendação de neutral para a Jerónimo Martins, com um preço-alvo de 17,60 euros.

 

As acções da Jerónimo Martins abriram a sessão a subir 1,53% para 16,305 euros mas seguem agora a cair 0,5% para 15,98 euros.

 

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