Pela segunda sessão consecutiva, a bolsa de Lisboa encerrou com sinal verde, com o PSI-20 a subir 0,50% para 4.615,43 pontos. O BCP e a Galp Energia foram as cotadas que mais impulsionaram o principal índice nacional, numa sessão em que 11 cotadas subiram, cinco desceram e duas encerraram inalteradas.

Na Europa, os principais índices também seguem em alta, alguns deles com subidas superiores a 1%. Os ganhos no Velho Continente reforçaram-se após a divulgação de indicadores económicos positivos nos Estados Unidos – sentimento económico e vendas a retalho em Dezembro – e dos resultados de alguns dos maiores bancos norte-americanos, que superaram as estimativas.

O sector financeiro é precisamente o que mais anima a negociação na Europa, com o índice que reúne os maiores bancos do Velho Continente a subir 1,93%. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,85% para 365,59 pontos.

Por cá, o BCP valorizou 5,72% para 86,9 cêntimos, depois de cinco sessões consecutivas de perdas que levaram os títulos a atingir um novo mínimo histórico na sessão de ontem, de 79,03 cêntimos.

A recuperação das acções surge depois de ontem a CMVM ter aprovado o prospecto do aumento de capital, documento em que o banco liderado por Nuno Amado admite o regresso ao pagamento de dividendos.

No prospecto, divulgado esta quinta-feira 12 de Janeiro, o BCP indica que a "emissão de direitos pretende acelerar o regresso à normalização da actividade do banco, incluindo o potencial regresso ao pagamento de dividendos, em vez da abordagem faseada seguida até à data".

Ainda na banca, o BPI e o Montepio encerraram inalterados em 1,129 euros e 41,3 cêntimos, respectivamente.

O sector da energia também contribuiu para os ganhos do PSI-20, com a EDP a subir 0,25% para 2,774 euros, a EDP Renováveis a valorizar 0,89% para 5,811 euros e a Galp Energia a avançar 1,47% para 14,45 euros. 

Por outro lado, a evitar uma maior subida do índice nacional esteve a Jerónimo Martins, com uma queda de 1,28% para 15,855 euros. Esta evolução acontece depois de a retalhista ter anunciado que as suas vendas aumentaram 6,5% para 14,6 mil milhões de euros no ano passado. 

Os números foram bem recebidos pelos analistas, que os classificaram de "impressionantes" (Haitong), "sólidos" (CaixaBI) e "fortes" (BPI), mas as acções reagiram em queda, uma vez que o mercado já tinha antecipado esta tendência positiva.

Já a Sonae ganhou 1,08% para 84,2 cêntimos, no dia em que o CaixaBI antecipou um crescimento "significativo" das vendas da retalhista no último trimestre do ano passado. Os números serão revelados a 18 de Janeiro. 

(Notícia actualizada às 16:55)