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Mota-Engil ganha após venda de activos da ex-Ascendi

A redução da dívida da Lineas, a antiga Ascendi, é o ponto positivo na opinião dos analistas, após a venda de participações na área das concessões. As acções da construtora seguem a valorizar.

A construtora apresentou perspectivas favoráveis para África e Portugal. No continente africano, a carteira de encomendas atingiu máximos com novos projectos em vários países. Para Portugal, a expectativa é de recuperação, com destaque para os concursos previstos para o novo aeroporto e um novo hospital em Lisboa e as licenças para a construção de novos hotéis na capital e no Porto. A recomendação é de 'neutral' e o preço-alvo de três euros.
23 de Outubro de 2017 às 10:33
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A Mota-Engil está a ganhar terreno esta segunda-feira, a primeira sessão após o anúncio em que revelou a concretização da venda de participações da antiga Ascendi, actualmente denominada Lineas – Concessões de Transportes. Os analistas elogiam a operação e o seu impacto na dívida.

 

"Esta transacção enquadra-se na estratégia da empresa implementada em Setembro de 2015 que visa a alienação total dos activos da área de negócios de concessões de transportes. Impacto positivo, com a Mota-Engil a conseguir pôr em prática a sua estratégia de alienação de activos não-core para baixar a sua dívida", opina Artur Amaro, do CaixaBI.

 

A Lineas, em que a construtora presidida por Gonçalo Moura Martins (na foto) tem uma posição maioritária, concluiu a venda aos espanhóis da Globalvia da participação na Scutvias – Autoestrada da Beira Interior e nas empresas de portagem e de manutenção da A23. É mais um passo na estratégia de venda de activos da Lineas. A transacção implicou a avaliação do activo em 75 milhões de euros.

 

"Nós não tínhamos uma avaliação específica para este activo, mas é provável que contribua para uma redução adicional do nível de dívida da Lineas", comenta Nuno Estácio, do Haitong Bank. O BPI Equity Research acredita que esta empresa estará já praticamente "livre de dívida".

 

Os primeiros activos da Ascendi foram vendidos à Ardian – foram estes que mantiveram a marca Ascendi. A Ascendi Group, que ficou na Mota-Engil, passou a ser denominada Lineas. Ficaram a Scutvias (agora vendida), a Lusoponte (com as concessões na Ponte 25 de Abril e Ponte Vasco da Gama) e ainda posições em empresas internacionais (México, Brasil e Moçambique).

 

"Consideramos que a venda da Lusoponte poderá levar a um dividendo extraordinário adicional da Lineas, que assumimos, nesta altura, possa ser em torno de 100 milhões de euros", continua o analista do Haitong na nota de "research" desta segunda-feira. Em Abril, este era um tema que o grupo colocava de fora das negociações, até pelas vantagens que poderiam trazer à concessão da ponte Vasco da Gama a extensão do aeroporto de Lisboa para o Montijo.

 

Num dia em que o índice PSI-20 ganha 0,27%, a Mota-Engil está a avançar 1% para negociar 3,333 euros por acção. Em Outubro, a empresa tem negociado em níveis que não se verificavam desde Abril de 2015.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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