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Mediobanca reduz "target" da Galp em 13,5% para 10,40 euros. Recomendação passa a neutral
A petrolífera portuguesa apresenta um dos piores desempenhos na Europa, em 2021, com uma desvalorização acima de 2%.
Os italianos do Mediobanca reduziram o preço-alvo e a recomendação para as ações da Galp Energia. O "target" baixou 13,5% para 10,40 euros, enquanto o "rating" passou a ser de neutral. Apesar do corte na avaliação, o preço-alvo continua a implicar um elevado potencial de subida às ações da petrolífera portuguesa.
O "target" para a Galp caiu, assim, de 11,80 euros para 10,40 euros, uma avaliação que confere uma margem de progressão de 22% aos títulos, face à cotação atual de 8,524 euros. Já a recomendação baixou de "outperform" para "neutral", de acordo com uma nota divulgada esta quarta-feira e citada pela Bloomberg.
O novo "target" para a petrolífera portuguesa é inferior à média de preços-alvo para a empresa, de 11,80 euros.
A companhia portuguesa apresenta os seus resultados do primeiro semestre no próximo dia 26 de julho, números que deverão espelhar, por um lado, a forte valorização dos preços do petróleo este ano e, por outro, a reabertura da economia, com um maior número de pessoas a consumir combustíveis.
Apesar das perspetivas de uma melhoria dos resultados, fruto da retoma económica, a companhia, à imagem de outras do setor petrolífero, enfrenta o desafio da transição energética nos próximos anos.
Galp com 7.º pior desempenho na Europa
Ao contrário do setor petrolífero europeu, a Galp apresenta um comportamento anual negativo e destaca-se na lista dos piores desempenhos na Europa. Com uma queda superior a 2%, em 2021, a cotada lusa apresenta a sétima pior prestação no índice do setor no Stoxx 600.
Das 21 empresas representadas no índice do setor, são apenas sete as empresas que negoceiam no vermelho, sendo a Galp uma dessas, ainda que seja a que regista a descida menos expressiva.
O índice europeu do setor petrolífero regista uma valorização anual de 2,32%, um desempenho inferior ao do índice europeu Stoxx 600, que valoriza mais de 13%. Apenas o setor das "utilities", com uma queda anual próxima de 3%, apresenta um comportamento pior que o das petrolíferas.