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Líder da Mota compra ações da empresa e "reforça visão positiva" da JB Capital

A casa de investimento considera que o facto de o presidente da Mota ter comprado 21 mil ações da empresa "reforça ainda mais a nossa visão positiva sobre as ações" da construtora. Na mesma nota a JB Capital considera "positivo" o reforço da presença do dono da Visabeira no capital da Vista Alegre.

O grupo liderado por Carlos Mota dos Santos assumiu a Nigéria como um dos seus mercados “core”.
João Cortesão
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Carlos Mota dos Santos, presidente da Mota-Engil, adquiriu na última quarta-feira, 4 de outubro, 21 mil ações da construtora por cerca de 60 mil euros. Este investimento reforçou a visão otimista da JB Capital, uma das casas que cobre o desempenho em bolsa da cotada.

"Trata-se de um desenvolvimento positivo", considera a JB Capital na nota de "research" diária a que o Negócios teve acesso. Os analistas destacam ainda, como positivo, o facto de um "insider" da empresa "considerar o atual preço das ações como uma oportunidade de reforçar a posição na empresa".

No acumulado da semana a Mota-Engil segue a desvalorizar mais de 14%, tendo na quarta-feira (dia em que Carlos Mota Santos comprou as ações) fechado a sessão a cair mais de 15%.

"Este movimento reforça ainda mais a nossa visão positiva sobre as ações" da construtora, acrescenta a casa de investimento.

A JB Capital coloca a recomendação em "comprar" e o "target" em 3,40 euros, o que implica um potencial de valorização em bolsa de 21,43%, face à última cotação de fecho. O consenso dos analistas fixa o preço-alvo em 3,79 euros.

Entre as três casas que acompanham o desempenho em bolsa da companhia liderada por Carlos Mota dos Santos, uma recomenda "manter" as ações e duas comprar.

Com esta transação o presidente da Mota-Engil passa a deter mais 121 mil ações representativas do capital social da empresa, o que corresponde 0,04% do capital social da construtora.

Durante a sessão desta sexta-feira, as ações da Mota-Engil crescem 4,29% para 2,92 euros, tendo chegado a valorizar 5,36% durante a sessão.

Desde o início do ano, a construtora mais que duplicou o seu valor em bolsa (147,44%), sendo a que desde então mais cresceu entre as cotadas do PSI.


Reforço do dono da Visabeira no capital da Vista Alegre pode ser "positivo"



Na nota diária, os analistas avaliam ainda outra cotada da bolsa Lisboa (que está fora do PSI), a Vista Alegre.

A JB Capital, a única casa de investimento a cobrir o seu desempenho, considera como "potencialmente positivo" o reforço da presença da Visabeira no capital da Vista Alegre.

O dono da Visabeira, Fernando Campos Nunes, aumentou a sua participação na Vista Alegre em 3,7% através de uma transação fora de mercado realizada no dia 29 de setembro. Com esta operação, a Visabeira atingiu uma participação de 91,2% no capital da empresa, o que significa que ultrapassou o limite de 90% do capital.

"De acordo com o que entendemos do Código dos Valores Mobiliários, o grupo Visabeira não tem de lançar uma oferta pública de aquisição obrigatória, mas tem o direito de solicitar à CMVM que retire as ações da Vista Alegre da negociação [em bolsa]. Vemos esta notícia como potencialmente positiva para o preço das ações", defende a JB Capital.

A casa de investimento coloca a recomendação da Vista Alegre em "neutral" e o preço-alvo em 1,08 euros, apontando para um potencial de valorização em bolsa de 42,10% nos próximos 12 meses.

A última vez que as ações da Vista Alegre foram negociadas foi esta quinta-feira, tendo sido a última ordem nos 0,76 euros. Desde o início do ano a empresa perdeu 10,59% em bolsa.


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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