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JPMorgan espera ver BCP nos 2,5 cêntimos em 2017

O BCP falhou as previsões do banco americano mas as estimativas de resultados permanecem praticamente inalteradas. O "target" está em 2,5 cêntimos mas a recomendação é "neutral".

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O JPMorgan Cazenove acredita que o BCP estará a transaccionar nos 2,5 cêntimos no final do próximo ano. A expectativa anterior era de um "target" de 2,7 cêntimos para Dezembro de 2016. Tendo em conta a cotação de 1,91 cêntimos (que corresponde a uma subida de 2,14%) da manhã desta terça-feira, 9 de Agosto, ainda há um potencial de valorização de 31%. Mesmo assim, a recomendação atribuída pelo banco americano é de "neutral", segundo uma nota emitida esta segunda-feira, 8 de Agosto.

 

As estimativas de resultados para os próximos dois anos permanece praticamente inalterada apesar de o BCP ter falhado o resultado líquido previsto no primeiro semestre do ano, "o que se deveu sobretudo à limpeza dos activos não performantes", isto é, crédito malparado e imóveis. Nos primeiros seis meses do ano, a instituição financeira presidida por Nuno Amado obteve perdas de 197,3 milhões de euros, devido ao peso de 618,7 milhões de euros em capital reconhecido como imparidade.

 

A análise da equipa de analistas liderada por Sofie Peterzens centra-se em duas ideias contraditórias: a referida subida das imparidades que ofuscou a melhoria da margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) em Portugal. "Embora vejamos com bons olhos o aumento da cobertura [por imparidades], esperamos que o custo do risco se mantenha acima dos pares europeus nas estimativas entre 2016-2018", assinala a nota. O JPMorgan antecipa prejuízos de 63 milhões em 2016 e lucros de 268 milhões no ano seguinte. 

 

O BCP deverá ter um ROE – "return on assets" ou retorno dos activos – de 7,4% em 2018, que incorpora "continuada pressão da margem financeira através da recomposição da Euribor em Portugal e limitado crescimento dos empréstimo, parcialmente compensados por menores custos de financiamento, normalização de operações financeiras, bons resultados no corte de custos, descida do custo de risco e capitalização adequada". 

 

De acordo com o comentário de "research", as possibilidades de melhoria do "target" passam por uma recuperação da economia nacional superior à prevista, à queda dos custos de financiamento e/ou a uma aceleração do crescimento do crédito. No sentido inverso, e a pesar negativamente sobre as perspectivas, poderá estará a mudança da legislação de activos por impostos diferidos e a não concretização, como o esperado, do plano de cortes.

 

Na nota de "research", a equipa de analistas do banco de investimento americano não faz comentários à Fosun e à sua intenção de investir no BCP de modo a conquistar 16,7% do seu capital – num investimento que poderá ascender, numa fase posterior, a 30% – anunciado no fim-de-semana.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 





 

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