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Analistas: "Esperávamos que a Nos fosse mais agressiva na subida de preços"

A Nos anunciou um aumento de preços médios de 2% a 2,5%. O Haitong esperava mais, realçando que este aumento não cobre os custos associados aos conteúdos desportivos, apontando para a possibilidade de a operadora voltar a subir os preços em 2017.

O Haitong avalia as acções da Nos em 7,60 euros, o que implica um potencial de valorização 41%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que depois de um período de “forte crescimento e investimentos, a Nos atingiu as suas metas de quota de mercado e crescimento dois anos antes do previsto”. 2017 deverá ser um “ano muito importante” para a empresa liderada por Miguel Almeida, pois deverá marcar uma inflexão na estratégia da cotada, passando a privilegiar a geração de “cash flow” e a remuneração aos accionistas, em detrimento da conquista de quota de mercado.

Devido ao reduzido nível de endividamento, o Haitong estima que a Nos seja “mais agressiva” no seu compromisso com o pagamento de dividendos, “compensando os investidores pela espera nos últimos anos marcados pelo forte investimento”. A estimativa aponta para um dividendo por acção de 25 cêntimos a pagar este ano, o que compara com 16 cêntimos no ano passado. Em 2018 a remuneração accionista deverá subir para 38 cêntimos e em 2019 para 46 cêntimos.
17 de Novembro de 2016 às 09:14
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A operadora Nos vai aumentar entre 4% e 5% os preços a partir de Dezembro. A confirmação foi dada por Miguel Almeida, presidente executivo da Nos, esta quarta-feira, 16 de Novembro, durante uma conferência promovida pelo Morgan Stanley em Barcelona, segundo a Bloomberg. Fonte oficial da operadora acrescenta ao Negócios que esse valor é em alguns segmentos específicos, mas que o "impacto médio é metade, de 2 a 2,5%".

"Esperávamos que a Nos fosse mais agressiva na subida de preços e que talvez implementasse aumentos de preços que em média se situassem entre 4% a 5% dada a necessidade de anular o aumento de custos associado aos conteúdos desportivos", afirma o analista Nuno Matias numa nota do Haitong publicada esta quinta-feira, 17 de Novembro.

 

"Uma subida média de 2% a 2,5% não é diferente do aumento de preços implementado nos últimos dois anos e, na nossa perspectiva, é insuficiente para cobrir completamente o aumento de custos com os conteúdos desportivos", acrescenta a mesma fonte.

 

O analista acredita por isso que "mais tarde, em 2017, a empresa vai subir novamente os preços", realçando que quer a Vodafone quer a Meo fizeram aumentos mais agressivos, com alguns segmentos a superarem os 7%. 

"Estamos de alguma forma desapontados com o aumento de preços que a Nos está a implementar", especialmente depois das subidas de preços mais agressivos efectuadas pela Vodafone e pela Meo, afirmam os analistas do BPI.

 

À semelhança do Haitong, o BPI apontava para um aumento médio de 7% para "anular parcialmente a subida de custos dos conteúdos." Este banco de investimento tem uma avaliação de 6,40 euros e uma recomendação de "comprar" para a Nos.


O Haitong tem um preço-alvo de 8,0 euros para a Zon, mais 42,8% do que a actual cotação (5,603 euros) e uma recomendação de "comprar".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 


Porque foram aumentados agora os preços nos pacotes de televisão?


Negócios explica porque estão as operadoras a aumentar os preços
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As operadoras de telecomunicações aumentaram o preço dos pacotes de televisão. Sara Ribeiro, jornalista do Negócios, explica porquê.


(Notícia actualizada com análise do BPI)

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