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Goldman Sachs elege EDP Renováveis como “ponto de entrada atrativo” nas utilities europeias
O banco norte-americano recomenda "comprar" ações da EDP Renováveis e atribui-lhes um potencial de valorização de praticamente 50%.
A EDP Renováveis é considerada pelo Goldman Sachs como um "ponto de entrada atrativo" nas utilities europeias, apesar do desempenho forte das ações nos últimos tempos.
Numa nota de research em que analisa a correlação entre as revisões dos lucros por ação e o desempenho dos títulos no setor das utilities na Europa, o banco norte-americano conclui que entre 2006 e dezembro de 2020 esta relação era muito forte, acima de 0,6.
Contudo, durante o ano de 2021, nota o Goldman Sachs, tem havido uma desconexão entre as revisões dos lucros por ação e o desempenho dos títulos, com o rácio a descer para 0,1. "Isto pode explicar-se pela rápida subida dos juros do Tesouro dos Estados Unidos, que provocou um selloff significativo nestas atividades de capital intensivo", adianta a nota, acrescentando que, como resultado desta divergência, algumas empresas viram os seus rácios preço/lucro comprimidos para até 30 a 35%.
Os analistas destacam a EDP Renováveis e a espanhola Solaria como as maiores "deslocações" e sublinham que, apesar da recente performance das ações, e assumindo uma estabilização dos juros, tratam-se de "pontos de entrada atrativos" no setor das utilities.
Apesar das adversidades resultantes do rebalanceamento dos ETFs de Energia Limpa, que antecipam para as próximas quatro semanas, os analistas recomendam "comprar" ações da EDP Renováveis sobretudo pelas novas adições de capacidade esperadas que, na sua visão, terão potencial para aumentar o EBITDA em 9% entre 2020 e 2030, e pelo recente aumento de capital, que deverá suportar uma aceleração do capex (investimento operacional).
O Goldman Sachs reitera também o preço-alvo de 27,5 euros para as ações, o que lhes atribui um potencial de valorização de 49,45% face à cotação atual de 18,40 euros.
Nesta altura, as ações da EDP Renováveis descem 1,60% para 18,40 euros enquanto as da casa-mãe, a EDP, sobem 2,87% para 5,060 euros, depois de já terem disparado um máximo de 5,47% para 5,188 euros.