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Goldman Sachs desce target da EDP e tira-a das favoritas. Também “corta” na EDPR e REN

O banco norte-americano reavaliou as "utilities" europeias e retirou a EDP da lista de favoritas. Também cortou o target da EDP Renováveis e da REN, que agora recomenda "comprar".

Lusa
23 de Março de 2020 às 12:35
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O Goldman Sachs reviu em baixa o preço-alvo atribuído à EDP, EDP Renováveis e REN, numa reavaliação às "utilities" europeias divulgada esta segunda-feira, 23 de março.

Na nota de análise, a que o Negócios teve acesso, o banco norte-americano sublinha que os desenvolvimentos recentes, relacionados com a propagação global do coronavírus, "implicam riscos maiores para cotadas expostas a atividades de fornecimento e com grandes balanços".

Neste sentido, e por ser uma das empresas "mais expostas" à queda dos custos da energia, o Goldman Sachs decidiu retirar a EDP da sua lista de preferidas, juntamente com a RWE, e incluir a Orsted e a Enel.

"Removemos [a EDP] da lista de favoritas devido à exposição acima da média à queda dos custos da energia em comparação com outras grandes renováveis" e a riscos cambiais, referem os analistas. "Apesar da queda das ações, vemos uma maior exposição à descida dos preços da energia em relação aos pares. Esses riscos, associados ao risco da desvalorização do real brasileiro e potencial intervenção do governo, podem implicar um impacto de 20% na avaliação".

Além disso, o banco assume agora uma probabilidade de 50% de uma suspensão dos subsídios às renováveis em Espanha, a que se junta a suspensão por dois meses do pagamento das contas de energia a algumas famílias e empresas.

O Goldman Sachs decidiu assim cortar o "target" da elétrica portuguesa de 5,40 euros para 4,50 euros, mantendo a recomendação de "comprar". A nova avaliação implica, ainda assim, um potencial de valorização de 41% face à última cotação de fecho.

A possível suspensão dos subsídios em Espanha justifica um corte do preço-alvo da EDP Renováveis de 14,50 para 13,50 euros, apesar de o banco sublinhar que a empresa liderada por Manso Neto continua a ser um dos poucos "pure plays" do crescimento global das renováveis. A recomendação mantém-se em "comprar".

Além disso, "baixámos as estimativas para os preços da energia em 5 a 10%, aumentámos os custos de refinanciamento em 25 pontos-base e subimos a taxa de desconto praticamente na mesma medida", acrescentam os analistas.

Quanto à REN, o Goldman Sachs refere que, "depois de um desempenho 10% abaixo do setor apesar de não haver riscos para os resultados decorrentes da descida dos preços das commodities" vemos isto como um ponto de entrada atrativo dada a "yield de quase 9% totalmente coberta por cash flows" e um "perfil de lucros totalmente regulado que beneficia de yields mais altas no sul da Europa assim como a ausência de necessidade de refinanciamento até 2021".

A recomendação passa, assim, de "vender" para"comprar" ainda que o"target" seja reduzido de 2,45 para 2,35 euros, o que tem implícito um potencial de subida de 17% face à última cotação de fecho.

As ações da EDP estão a deslizar 3,39% para 3,0770 euros, as da EDP Renováveis estão a cair 5,68% para 8,8000 euros e as da REN estão a recuar 0,25% para 2,0050 euros.

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