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Em Wall Street há uma nova forma de ter acesso a “research”

Em Wall Street já se pode perguntar à Alexa, da Amazon, por avaliações feitas pelo JPMorgan de cotadas.

EPA
26 de Março de 2018 às 19:45
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"Alexa, pergunte ao JPMorgan qual é o preço-alvo da acção da Apple." Os clientes institucionais do JPMorgan Chase agora podem obter esta resposta rapidamente através da assistente virtual comandada por voz desenvolvida pela Amazon.com.

 

O banco e a gigante de e-commerce fizeram uma parceria para dar aos utilizadores de Wall Street mais uma forma de aceder ao conteúdo de research do JPMorgan. A Alexa envia relatórios de analistas e materiais relacionados. O banco também está a testar outros recursos, como informar preços de títulos e contratos de swap, disse David Hudson, responsável global por execução em mercados da instituição sediada em Nova Iorque.

 

Assistentes de voz "claramente estão a tornar-se algo a que as pessoas estão habituadas", afirmou Hudson. "A ideia é aproveitar a informação que está em algum sítio do banco, que por regra alguém precisa de procurar ou que demora ou exige autenticação, e entregar por outro canal."

 

À medida que os hábitos dos clientes evoluem, as empresas tentam encontrar maneiras de adaptar tecnologias populares do retalho ao mundo dos negócios. O JPMorgan é um dos primeiros a oferecer a Alexa aos clientes institucionais, mas outros bancos já usam o serviço nas operações de consumo. A seguradora New York Life Insurance, por exemplo, está a montar programas que usam a Alexa para os seus funcionários.

 

12.000 corretores

Os consumidores estão mais dispostos a usar assistentes de voz para monitorizar as suas contas, de acordo com um estudo realizado no ano passado pela Bain & Co. De acordo com a consultoria, 6% dos participantes nos EUA responderam que já usam a tecnologia, mas 27% mostraram-se abertos a usá-la.

 

O Capital One Financial foi o primeiro banco que permitiu a gestão de contas bancárias e cartões de crédito através da assistente de voz e tem vindo a expandir o serviço Alexa. Os seus utilizadores podem, por exemplo, perguntar quanto gastaram no website da Amazon na semana passada.

 

A New York Life lançará recursos da Alexa aos seus 12.000 corretores ainda neste ano. O objectivo é ajudá-los a obter detalhes sobre apólices rapidamente e a prepararem-se para reuniões, explicou Mark Madgett, que lidera os corretores. Isto significa que os corretores poderão pedir à Alexa para descobrir o valor do seguro de vida a que um cliente tem direito ou para saber mais sobre produtos recém-lançados pela seguradora.

 

"Este negócio é muito complicado", disse Madgett. "Quando comecei, há 32 anos, eu tinha cinco produtos à disposição. Hoje existem milhares de permutas em torno das soluções financeiras."

 

Mais um projecto

O serviço automatizado do JPMorgan é o mais recente projecto partilhado entre o maior banco dos EUA e a maior retalhista online do mundo. A Amazon já aluga a capacidade de computação numa nuvem para o JPMorgan e pediu ao banco para criar novos produtos para os seus clientes, incluindo um cartão de crédito voltado para pequenas empresas.

 

O projecto Alexa dentro do JPMorgan foi iniciado no ano passado, como parte de uma medida interna para incentivar a inovação. Num primeiro momento, o banco deu acesso aos dados da área de "research" e depois liberou fluxos de informações de outros departamentos, incluindo custódia e fundos. Estes recursos agora estão a ser testados internamente.

(Texto original: JPMorgan Brings Amazon’s Alexa to Wall Street Trading Floors)

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