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Duas casas ditam "sobe e desce" no 'target' da Galp e apontam para valorização de até 32%

As casas de investimento continuam a reagir aos resultados apresentados pela Galp referentes a 2021. A petrolífera apresenta o segundo melhor desempenho em bolsa, a seguir ao BCP, tendo escalado 14,79% desde o início do ano.

Andy Brown, que anunciou o fim da prospeção de petróleo pela Galp em 2022, aposta no lítio e no hidrogénio verde.
António Cotrim/Lusa
22 de Fevereiro de 2022 às 12:33
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As casas de investimento continuam a reagir aos resultados apresentados pela Galp referentes a 2021. Kepler Cheuvreux e Société Générale emitiram esta terça-feira notas de "research" sobre a Galp que vão em sentidos opostos, no que toca ao preço-alvo atribuído à petrolífera. A primeira é mais pessimista, enquanto a segunda apresenta uma prespetiva mais positiva sobre a evolução da cotada.

 

A Kepler Cheuvreux desce o preço-alvo para 13 euros (contra os 13,50 euros concedidos há duas semanas), apontando para um potencial de valorização de 32,76% face à última cotação de fecho e ficando acima do consenso de mercado que se fixa nos 11,97 euros, segundo os dados compilados pela Bloomberg. A recomendação mantém-se em "comprar".

 

Em sentido inverso, a Société Générale subiu o "target" da cotada de 10,50 euros (atribuídos em meados deste mês) para 11 euros, vendo assim um potencial de valorização de 12,34%, face à última cotação de fecho, mas ficando abaixo do consenso apontado pelos analistas. A casa de investimento, à semelhança das suas pares que publicaram notas de "research" hoje, não mexe na recomendação que também se mantém em "comprar".

 

Das 24 casas de investimento que cobrem o desempenho em bolsa da Galp, 13 aconselham "comprar", nove "manter" e apenas duas "vender".

 

Há momentos, as ações da petrolífera liderada por Andy Brown valorizavam 0,76% em bolsa para 9,78 euros por ação. Desde o início do ano a companhia já subiu 14,79% em bolsa, apresentando o segundo melhor desempenho do índice de referência nacional PSI-20, logo atrás do BCP (33,50%).

 

Estas avaliações surgem dias depois de a Galp ter apresentado os resultados referentes a 2021. A empresa fechou o ano passado com lucros de 457 milhões de euros, depois de, em 2020, ter sofrido prejuízos de 42 milhões de euros, anunciou a petrolífera portuguesa. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 2.322 milhões de euros, traduzindo um aumento anual de 48%.

 

Já o 'cash flow' operacional ajustado subiu 49% para 1.852 milhões, suportado pelos "fortes resultados" do 'upstream', o segmento que diz respeito à exploração e produção de petróleo.

 

Face ao desempenho no exercício de 2021 - ainda assim abaixo dos lucros de 560 milhões em 2019 - a Galp pretende distribuir dividendos na ordem de 0,50 euros por ação.

Nota: A notícia não dispensa a consulta das notas de "research" emitidas pelas casas de investimento, que poderão ser pedidas junto das mesmas. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar as notas de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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