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CaixaBI sobe preço-alvo da Sonae Capital mas baixa recomendação

O banco de investimento da CGD subiu o preço-alvo da Sonae Capital para os 65 cêntimos, contudo baixou a recomendação sobre as acções da cotada de "acumular" para "neutral".

A empresa liderada por Cláudia Azevedo propõe distribuir um dividendo ilíquido de 0,10 euros por acção, o que equivale a quase 12% da cotação actual. A Sonae Capital vai distribuir mais dinheiro aos accionistas do que o lucro obtido em 2016, que foi de 18,7 milhões. Os accionistas vão receber 25 milhões de euros.
20 de Outubro de 2016 às 18:45
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"Uma abordagem diferente", é como começa a mais recente nota de "research" do banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) – CaixaBI – sobre a Sonae Capital, assim tentando explicar antecipadamente uma análise em que é elevado o preço-alvo mas em que a recomendação é reduzida.

 

O CaixaBI decidiu elevar o preço-alvo das acções da Sonae Capital de 63 para 65 cêntimos, o que tendo em conta o valor de fecho de 70 cêntimos da cotada na sessão de hoje, 20 de Outubro, confere aos títulos da empresa um potencial de desvalorização de 7,14%.

 

Contudo, os economistas do CaixaBI decidiram reduzir a recomendação sobre as acções da Sonae Capital de "acumular" para "neutral", justificando a decisão com o facto de esta empresa ligada ao turismo "continuar a ser muito complexa de analisar".

 

Neste estudo explica-se que foi tida em conta a "tendência de desaceleração evidenciada nas vendas das propriedades Troiaresort ao longo dos últimos trimestres reportados".

 

O banco de investimento da CGD considera que o volume de vendas das propriedades do Troiaresort aproxima-se de níveis "similares" ao período anterior à introdução dos vistos gold. No entanto, o CaixaBI nota que a empresa liderada por Cláudia Azevedo está cada vez mais perto de concretizar a venda do projecto em Tróia, em grande medida por desenvolver.

 

Na nota pode ainda ler-se que depois da venda da participação detida na Norscut (num negócio avaliado em 42 milhões de euros), a Sonae Capital deixa de contar com activos significativos "non-core" no caso de pretender realizar encaixes financeiros significativos.

 

Ainda assim, o CaixaBI salienta que os resultados operacionais da cotada costumam apresentar historicamente "grandes variações", quer seja devido às "contínuas mudanças no perímetro de consolidação" quer devido "à volatilidade nas vendas das suas actividades".

 

E depois de a Sonae Capital ter distribuído um dividendo de seis cêntimos por acção em 2016, justificando esta decisão com a venda de activos "non-core" durante o ano passado, o CaixaBI acredita que com a venda da participação na Norscut irá voltar a pagar dividendos em 2017. Para o que poderá ainda contribuir um eventual "sucesso" na venda das propriedades imobiliárias e projectos não relacionados com Tróia.

 

O CaixaBI acredita ainda que o próximo passo da estratégia da Sonae Capital "parece passar pela adopção de capital de risco", provavelmente com o objectivo de avançar para um projecto no sector industrial.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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