Notícia
CaixaBI recomenda "comprar" BPI apesar de fim da OPA
O preço-alvo foi reduzido para reflectir a redução de liquidez das acções, mas a recomendação foi melhorada para "comprar".
O CaixaBI actualizou a avaliação e a recomendação do BPI, depois de apurados os resultados da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank, que deu ao banco espanhol uma posição de 84,5% no BPI.
O preço-alvo foi reduzido em 10%, para reflectir o desconto de liquidez que o banco de investimento passou a atribuir às acções da cotada liderada por Fernando Ulrich. A avaliação dos títulos desceu de 1,30 euros para 1,15 euros, continuando ainda assim acima do preço da OPA do CaixaBank (1,134 euros).
Está também acima da actual cotação (0,93 euros), com um potencial de valorização de 27%, o que justifica que a recomendação tenha sido melhorada de "acumular" para "comprar". Desde o fim da OPA e pressionadas também com a saída do PSI-20, as acções do BPI afundaram 18%.
Na avaliação que faz ao BPI, o CaixaBI manteve todas as estimativas para o banco, tendo apenas reflectido o desconto de liquidez, já que o "free float" do banco ficou reduzido a pouco mais de 7%.
"O BPI mantém um perfil de baixo risco com um rácio de crédito mal parado de 3,9%", refere o CaixaBI, assinalando que "por outro lado o BPI tem um nível mais reduzido de alavancagem à recuperação da economia portuguesa, quando comparado com os principais pares, devido ao reduzido nível de provisões e ao perfil da carteira de crédito".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.