Notícia
CaixaBI melhora avaliação das acções da Jerónimo Martins
Preço-alvo por acção subiu em 4,4% e a estimativa para as receitas foi revista em alta de 2,6%.
O CaixaBI actualizou a avaliação das acções da Jerónimo Martins, com o preço-alvo a melhorar de 16,00 euros para 16,70 euros, que reflecte sobretudo a alteração do horizonte temporal da análise para o final de 2018.
Numa nota de research publicada após o fecho da sessão desta terça-feira, 3 de Outubro, o banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos mantém a recomendação das acções em "neutral", já que o novo preço-alvo persiste acima da cotação da retalhista (hoje subiu 1,59% para 16,945 euros).
"As melhorias macro-económicas na Polónia e em Portugal continuam a beneficiar as operações da Jerónimo Martins, sobretudo no que diz respeito à evolução das vendas", refere o analista André Rodrigues, que reviu em alta as suas previsões para as receitas da Jerónimo Martins.
As estimativas para as receitas consolidadas entre 2017 e 2019 aumentaram 2,6% em média. Uma melhoria que resulta "de um desempenho acima do esperado no primeiro semestre e perspectivas sólidas para os próximos trimestres", sobretudo no Recheio e na Biedronka.
As previsões para as vendas da unidade de "cash & carry" foram revistas em alta de 5% e para a divisão polaca em 2,8%.
Contudo, estas previsões mais favoráveis para as vendas não se traduzem na linha inferior da demonstração de resultados, já que a estimativa para os lucros até foi revista em baixa de forma ligeira (-0,1%). O CaixaBI assinala que o "ambiente de promoções nos principais mercados, a inflação e um EBITDA negativo mais elevado na Polónia" está a limitar a capacidade de alavancar a rentabilidade com o aumento das vendas.
O banco de investimento assinala que o desempenho das acções da Jerónimo Martins este ano é bem superior ao sector (+17,4% vs -0,5%).
"Espera-se que a empresa continue a apresentar um desempenho sólido nas vendas, com um aumento gradual na rentabilidade à medida que as operações na Colômbia atingem a maturidade. De qualquer forma, consideramos que já está reflectido na cotação das acções, pelo que mantemos a recomendação de ‘neutral’", refere André Rodrigues.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.