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Caixabank BPI: Sonae Sierra fecha parceria "positiva" e deve distribuir "dividendo relevante"
"A Sierra pagou 115 milhões de euros em dividendos em 2019, na sequência da venda de alguns ativos e por isso nós esperaríamos um pagamento de dividendo relevante também em 2020", diz o Caixabank BPI.
A Sonae Sierra anunciou, este sábado, que criou uma joint-venture com a APG, a Allianz e a Elo, composta por seis centros comerciais de referência na Ibéria. Este negócio é visto pelos analistas do Caixabank BPI como "positivo" e os mesmos acreditam que a Sonae Sierra estará em condições de pagar um "dividendo relevante" em 2020, na linha do que se verificou em 2019.
A parceria, designada Sonae Prime, tem um valor bruto dos ativos de 1,8 mil milhões de euros e resulta num encaixe de aproximadamente 525 milhões de euros para a Sonae Sierra e APG, as quais abdicaram de 50% da sua posição no portefólio a favor da Allianz e Elo.
"Esperamos que grande parte desta quantia seja direcionada para a Sonae (possui 70% da Sierra)", lê-se na nota de investimento do Caixabank BPI, a que o Negócios teve acesso. E os mesmos analistas deixam uma previsão: "A Sierra pagou 115 milhões de euros em dividendos em 2019, na sequência da venda de alguns ativos e por isso nós esperaríamos um pagamento de dividendo relevante também em 2020".
O Sierra Prime inclui três ativos na área metropolitana de Lisboa – Centro Colombo, Centro Vasco da Gama e CascaiShopping, o NorteShopping na área metropolitana do Porto, e dois ativos em Málaga – Plaza Mayor e o recentemente inaugurado McArthurGlen Designer Outlet Málaga.
Apesar de estes serem "alguns dos ativos mais premium da Sierra", o Caixabank BPI resume a avaliação que faz do negócio numa palavra, "positivo", para depois explicar: "a empresa está a cristalizar valor num pico das avaliações de mercado, ao mesmo tempo que reduz a exposição à Ibéria". Além disto, este tipo de operação ajuda a Sonae a reduzir o volume investido em imobiliário, numa altura em que as propriedades de retalho e a Sierra representavam 50% do total no final do terceiro trimestre de 2019, pesando 2,85 mil milhões de euros no portefólio, apontam ainda.