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Caixa BI antecipa queda de 97% nos lucros da Mota-Engil

Apesar do recuo - que se deve a efeitos não-recorrentes, nomeadamente a venda de operações portuárias e da Indáqua, no ano passado -, as vendas e o EBITDA da construtora terão subido, espera o banco de investimento.

A Mota-Engil vai pagar um dividendo de 13 cêntimos por acção, o que corresponde a 5,57% da cotação. A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins vai entregar aos accionistas mais de 30 milhões de euros, o que representa mais de 60% dos lucros obtidos.
Miguel Baltazar/Negócios
24 de Agosto de 2017 às 19:04
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A Mota-Engil deverá ter terminado o primeiro semestre com lucros de 2 milhões de euros, o que representa uma queda de 97% em relação ao mesmo período do ano passado, em que registou um resultado líquido de 73 milhões de euros. A antevisão é do Caixa BI, que vê as vendas da construtora a subirem 1,5% para 1.501 milhões de euros, com o mercado da América Latina a registar um crescimento de 5%.

De acordo com uma nota assinada pelos analistas José Mota Freitas e Artur Amaro, a que o Negócios teve acesso, a condicionar os lucros estão efeitos não recorrentes registados no ano passado – nomeadamente a venda da participação de 50,06% na Indáqua e a alienação da unidade de portos e logística, que permitiram na altura um encaixe de 77 milhões de euros.

O banco de investimento da CGD deixa o preço-alvo da acção inalterado em 2,20 euros (potencial de desvalorização de 6,78% face à cotação de hoje, de 2,36 euros), bem como a recomendação de "vender" para a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto).

A expectativa do Caixa BI é ainda assim mais positiva do que a do Haitong Bank, que estima um prejuízo de 3,1 milhões de euros entre Janeiro e Junho. Ambas as análises coincidem, no entanto, na melhoria da receitas e do EBITDA, que o Caixa BI vê a crescer 3% para 154 milhões de euros (EBITDA ajustado).

"O primeiro semestre de 2017 não terá sido particularmente vivo para as operações da Mota-Engil; a segunda metade do ano deverá ser muito mais forte," prevê o banco de investimento da Caixa, referindo-se a potenciais desenvolvimentos na construção em Moçambique da linha férrea e porto Moatize-Macuse, o aeroporto de Bugesera no Ruanda e uma linha ferroviária na Tanzânia.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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