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BPI sobe preço-alvo da Sonae Capital
A unidade de investimento do BPI reviu a avaliação da Sonae Capital para 0,66 euros por acção, para reflectir o valor imobiliário das propriedades da empresa em Tróia. O banco manteve a recomendação para "comprar".
O BPI reviu a avaliação das acções da Sonae Capital, subindo o preço-alvo em 20%, de 0,55 euros para 0,66 euros por acção. Esta avaliação confere um ganho potencial de 63% face à actual cotação de 0,404 euros. Os analistas do banco mantiveram a recomendação em "comprar".
A revisão da avaliação reflecte a actualização do valor imobiliário dos três hotéis da Sonae Capital em Tróia, que foram pela primeira vez avaliados individualmente. A Sonae Capital divulgou uma revisão da avaliação imobiliária efectuada pela Cushman & Wakefield que avalia em 377 milhões de euros o valor de mercado destas propriedades, superior à avaliação de 2011.
As acções da empresa liderada por Cláudia Azevedo já registam um ganho acumulado em 2015 de 51% (superior ao ganho de 17% do PSI-20 este ano), mas estão ainda a cotar abaixo do valor líquido dos activos, escrevem os analistas numa nota de "research" divulgada esta quinta-feira, 5 de Março. Além disso, "deverão surgir potenciais acordos no curto prazo" o que deverá fazer subir a cotação.
Para os analistas Bruno Bessa e José Rito, os resultados da Sonae Capital têm melhorado de forma sustentável e as vendas no Troiaresort permanecem sólidas, "removendo o medo de um abrandamento devido às investigações relacionadas com os vistos gold". Por outro lado, os analistas destacam positivamente o foco contínuo do grupo na redução de custos fixos. Este cenário deverá permitir que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização cresça 21% em 2015, estimam os analistas.
A Sonae Capital divulgou esta terça-feira os resultados de 2014 revelando um aumento de 38,7% do volume de negócios e uma redução das perdas em mais de metade.
As acções da empresa seguem a valorizar 2,28% para 0,404 euros por acção.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.