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BPI reduz em 5% preço-alvo da EDP

O novo período regulatório deverá provocar uma redução de 50 pontos base no retorno sobre os activos. Por outro lado, a distribuição de dividendos mantém a eléctrica como um "valor acrescentado".

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Outubro de 2014 às 13:05
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A equipa de "research" do BPI reduziu de 3,75 para 3,55 euros o preço-alvo das acções da EDP, segundo a nota da equipa de analistas desta quarta-feira, 15 de Outubro. Com um corte no preço-alvo de 5,4%, os analistas atribuem um potencial de valorização de 8,7% sobre o valor actual dos títulos (3,266 euros) da empresa liderada por António Mexia (na foto).  

 

"Admitimos que haverá uma redução de 50 pontos base no retorno sobre os activos [RoR, na sigla anglo-saxónica] com a entrada em vigor do novo período regulatório [em 2015 e em vigor até 2017] para o sector eléctrico", sinaliza o documento ao qual o Negócios teve acesso. "A redução do défice tarifário e o alargamento da taxa extraordinária [sobre os activos da EDP] deverão continuar a causar problemas", alerta a equipa de analistas. Este aviso surge no dia em que a Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) apresenta as propostas de tarifa para 2015.

 

A equipa de analistas estima um crescimento médio anual (CAGR, na sigla anglo-saxónica) de 5% entre 2014 e 2017 quer para os lucros líquidos quer para os lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA). Uma previsão "alinhada com as estimativas da empresa", na óptica da nota desta quarta-feira. 2014 será "um ano de transição, com os lucros afectados pelos custos de medidas regulatórias e pela seca no Brasil", referem os analistas.

 

As "previsões relativas aos preços das matérias-primas, os custos cambiais e as últimas projecções macro-económicas" também justificam o corte no preço-alvo sobre os títulos da EDP.

 

A eléctrica continua a ser um activo com "valor acrescentado", na óptica da unidade de "research", suportada pela "política de dividendos amiga" dos investidores, "abaixo do risco operacional do sector". Verifica-se ainda uma "redução significativa dos riscos regulatórios, mas a elevada alavancagem e a subida de 29%" dos títulos desde o início do ano "justificam alguma precaução", concluem os analistas do BPI.

 

O banco manteve a recomendação de "reduzir". Os títulos da EDP seguem a desvalorizar 0,4% para 3,266 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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