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BPI eleito o preferido do Nomura em Portugal

O Nomura actualizou as suas estimativas para a banca ibérica para 2013. Em Portugal, apenas o BPI viu a sua avaliação melhorada.

17 - Fernando Ulrich, BPI. 0,36%
04 de Dezembro de 2012 às 08:42
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O BPI foi eleito o “top pick” do Nomura entre os bancos portugueses, com o banco de investimento a subir as estimativas para os resultados da banca nacional, no seguimento dos planos de recapitalização do sector. O Nomura mexeu ainda nos “targets”, com o preço-alvo do BPI a aumentar para 1,15 euros, face aos anteriores 0,90 euros.

 

Numa nota de “research” para os bancos ibéricos, o Nomura actualizou as suas estimativas para o sector para o próximo ano. Apenas a avaliação das acções do BPI foi melhorada, enquanto BCP e BES viram os seus “targets” serem reduzidos, com os analistas a aconselharem os seus investidores a reduzirem a exposição aos títulos.

 

“Embora o negócio internacional dos bancos portugueses vá compensar parcialmente os resultados domésticos, a rendibilidade é provável que permaneça sob pressão”, destaca a nota de investimento do Nomura. A casa de investimento acrescenta ainda que a recapitalização é um factor positivo para o sector.

 

Os analistas Daragh Quinn e Jaime Hernandez subiram o preço-alvo das acções do BPI em 27,8%, para 1,15 euros, com a recomendação a passar de “reduzir” para “comprar”.

 

“Temos uma relativa preferência pelo BPI, face ao BES e ao BCP”, realçam os analistas na mesma nota. “O relativo baixo custo de risco do seu negócio doméstico e a contribuição da subsidiária angolana deverá permitir ao BPI devolver os 1,3 mil milhões de euros em obrigações de conversão contingente (Cocos)”, argumentam os especialistas do Nomura.

 

Em termos de actividade, o banco de investimento acredita que “a contribuição da actividade internacional deverá continuar a suportar os resultados e a compensar a menor contribuição doméstica”, acrescentando que nos primeiros nove meses, os lucros em Angola atingiram os 62 milhões de euros, enquanto o resultado líquido do grupo foi de 117 milhões no mesmo período.

 

Recomendação do BES e BCP é “reduzir”

No caso do BES e do BCP, o Nomura está a recomendar aos seus clientes “reduzir” a exposição aos títulos. Para o banco liderado por Ricardo Salgado, a avaliação baixou de 1,50 euros, para 0,90 euros, enquanto a recomendação desceu de “neutral” para “reduzir”.

 

O Nomura considera que apesar da instituição ter sido a única a não recorrer a financiamento junto do Estado, “o custo de risco permanece relativamente alto”. Apesar da descida do preço-alvo, os analistas consideram que a actividade internacional e os ganhos de negociação deverão continuar a compensar o abrandamento em Portugal.

 

Já a recomendação do BCP permaneceu “reduzir”, enquanto o “target” desceu dos anteriores 12 cêntimos, para 6 cêntimos, para reflectir o aumento de capital de 500 milhões de euros realizado pela instituição.

 

Os analistas destacam que o principal desafio do BCP será pagar o empréstimo de três mil milhões de euros em Cocos, até 2017. “O plano de negócio do BCP para devolver as Cocos inclui um relevante corte de custos em Portugal, um importante melhoria de custos de financiamento no retalho e a continuação da sua expansão do seu negócio internacional na Polónia, Angola e Moçambique”, explica o banco.

 

A casa de investimento detalha que a venda da subsidiária grega poderá ser positiva para o BCP, sem impactos adicionais de capital. Ainda assim, uma deterioração da qualidade dos activos maior do que esperado ou um atraso da melhoria do custo de risco depois de 2014, “poderá afectar negativamente o seu plano de negócio”.

 

Em Espanha, o BBVA é o banco eleito pelo Nomura. No entanto, a casa de investimento adianta que a banca espanhola estará à mercê da austeridade orçamental no país, em 2013.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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