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BPI sobe avaliação da Corticeira e reforça aposta na EDPR

O BPI manteve a Corticeira Amorim e a EDP Renováveis na lista das acções ibéricas preferidas, tendo reforçado a aposta nas duas cotadas portuguesas.

Manso Neto, EDP Renováveis. Eleito segundo melhor CEO da Europa no sector das energias renováveis
A empresa liderada por Manso Neto tem sido penalizada pela vitória de Trump nos EUA
21 de Novembro de 2016 às 13:14
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O impacto da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos levou o BPI a revisitar sua lista de cotadas ibéricas preferidas (CoRe List).


Na nota de research intitulada "Trumping Deflation Risk", a que o Negócios teve acesso, o BPI manteve a composição da carteira, incluindo as duas cotadas portuguesas Corticeira Amorim e EDP Renováveis, liderada por Manso Neto (na foto). As outras são as espanholas ACS, BBVA, DIA, Repsol e Sabadell.


Risco com vitória de Trump é "quase inexistente"


O BPI manteve a recomendação de "comprar" para a EDP Renováveis, com um preço-alvo de 7,80 euros. O banco reforçou a aposta na cotada liderada por Manso Neto, já que recomenda que os investidores aproveitem o "medo" com a vitória de Trump nas eleições dos EUA para comprar as acções.


A EDPR acumula uma queda de 17% face aos máximos de Setembro, o que compara com a descida de 4% do PSI-20 e a queda de 11% do sector na Europa. O BPI destaca que este desempenho negativo ocorreu devido à exposição da companhia aos Estados Unidos, onde a EDPR obtém cerca de 45% do seu EBITDA, com os investidores a temerem o impacto da vitória de Trump nas eleições nos EUA.


Contudo, "os riscos para o actual portfolio de activos [nos EUA] e os projectos de curto prazo são quase inexistentes", refere o BPI, acrescentando que mesmo colocando na equação que a EDPR não vai crescer nos Estados Unidos depois de 2017, o preço-alvo seria de 7,45 euros, o que traduz um potencial de crescimento de 24%. O actual preço-alvo é de 7,80 euros (potencial de 27%).


"Um crescimento superior, visibilidade dos resultados e o aumento do apoio global às renováveis permanecem positivos", refere a nota de research.    


Avaliação da Corticeira melhorada


No caso da Corticeira Amorim, o BPI elevou mesmo a avaliação, com o preço-alvo a subir de 10,00 euros para 10,20 euros, com a recomendação a permanecer em comprar.


A subida da avaliação deve-se à actualização da avaliação da unidade US Floors, que passou de 3,4 milhões de euros para 35 milhões de euros.


O BPI salienta que os resultados da Corticeira Amorim "continuam a apresentar uma tendência positiva e o forte ‘cash flow’ deve deixar espaço para aumentar os dividendos e potencialmente avançar com aquisições para complementar a divisão de rolhas de cortiça".


Além disso, o BPI salienta que a recente venda de acções por parte da empresa de Américo Amorim aumentou o "free float" da Corticeira, o que melhorou a liquidez dos títulos.


As acções da Corticeira Amorim descem 0,22% para 8,181 euros. A EDPR cai 0,5% para 6,008 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.  

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