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BPI corta avaliação das acções da EDP em 14%

O novo preço-alvo oferece um potencial de valorização limitado, pelo que a recomendação continua a ser de "neutral".

Tornou-se arguido na investigação às alegadas rendas excessivas da energia e falhou a OPA da Renováveis. O mandato está a terminar.
01 de Fevereiro de 2018 às 13:12
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O BPI reduziu a avaliação das acções da EDP de 3,70 euros para 3,40 euros (final de 2018), mantendo a recomendação de neutral devido ao potencial de valorização limitado das acções tendo em conta o novo preço-alvo.

O potencial de revisão em baixa das estimativas de resultados, as metas desafiantes para 2020 e o potencial de crescimento limitado fora da área das renováveis são os factores que justificam a visão menos optimista do BPI para a eléctrica liderada por António Mexia.

O banco cortou a previsão para o EBITDA da EDP em 6% devido apenas à "produção hídrica muito reduzida" no ano passado. Além disso, os lucros por acção foram revistos em baixa de 20% entre 2017 e 2020 e o EBITDA cortado em 7% entre 2018 e 2020, sendo que as medidas do regulador para o sector eléctrico são as principais responsáveis por esta descida.

O consenso do mercado aponta para que a EDP atinja lucros ajustados de 830 milhões de euros em 2018, um valor que o BPI considera difícil de atingir devido às "margens apertadas no mercado ibérico e cortes regulatórios em Portugal. A estimativa do BPI aponta antes para 740 milhões de euros.

O BPI não espera mais alterações regulatórias, mas adianta que alguns assuntos pendentes nesta área deverão continuar a gerar "ruído" nesta área. Apesar deste revés na regulação, o BPI adianta que a EDP "continua focada na sua estratégia de crescimento nas renováveis", embora a expansão das restantes áreas seja "limitada".  

O banco acrescenta que a eléctrica está a transaccionar em bolsa com múltiplos a desconto face ao sector e apresenta um dividendo com uma rentabilidade "atractiva" de 6,7%.


Preço-alvo de 8,10 euros para a EDPR

O BPI também actualizou a avaliação da EDP Renováveis, tendo reiniciado a cobertura da cotada com um preço-alvo de 8,10 euros e uma recomendação de "neutral", devido ao "potencial de valorização limitado e liquidez" reduzida.

Numa nota de "research" à parte, o BPI avalia as acções da EDPR 19% acima do preço da OPA que a EDP lançou sobre a sua subsidiária em Julho do ano passado, de 6,80 euros por acção.

O BPI elevou a estimativa para o EBITDA e lucros por acção de 2017 em 7% e 29%, respectivamente. Para o período entre 2018 e 2020 a estimativa para o EBITDA foi melhorada em 3% e para o lucro por acção em 16%, devido sobretudo à subida dos preços, aumento da capacidade instalada e custos de financiamento mais baixos. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

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