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Berenberg aposta numa forte subida de dividendos da Nos

A Berenberg cortou as estimativas para o EBITDA da Nos, devido essencialmente aos direitos de transmissão de jogos de futebol da primeira liga. Reduziu também a avaliação da cotada, mas antevê um aumento significativo nos dividendos a partir de 2017.

O Haitong avalia as acções da Nos em 7,60 euros, o que implica um potencial de valorização 41%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que depois de um período de “forte crescimento e investimentos, a Nos atingiu as suas metas de quota de mercado e crescimento dois anos antes do previsto”. 2017 deverá ser um “ano muito importante” para a empresa liderada por Miguel Almeida, pois deverá marcar uma inflexão na estratégia da cotada, passando a privilegiar a geração de “cash flow” e a remuneração aos accionistas, em detrimento da conquista de quota de mercado.

Devido ao reduzido nível de endividamento, o Haitong estima que a Nos seja “mais agressiva” no seu compromisso com o pagamento de dividendos, “compensando os investidores pela espera nos últimos anos marcados pelo forte investimento”. A estimativa aponta para um dividendo por acção de 25 cêntimos a pagar este ano, o que compara com 16 cêntimos no ano passado. Em 2018 a remuneração accionista deverá subir para 38 cêntimos e em 2019 para 46 cêntimos.
25 de Julho de 2016 às 15:45
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A Nos "permanece apelativa" como investimento para a casa de investimento Berenberg, apesar de esta reconhecer que há algum "risco" associado às acções. A casa de investimento reviu em baixa as estimativas para o EBITDA da operadora de telecomunicações, ao mesmo tempo que antecipa um aumento significativo dos dividendos a partir de 2017.

 

Esta revisão das estimativas, que estão "cerca de 4 a 8% abaixo do consenso da Bloomberg" prende-se com o facto de a casa de investimento antecipar custos mais elevados devido aos direitos de transmissão de jogos de futebol da primeira liga.


A Berenberg prevê que a empresa liderada por Miguel Almeida (na foto) assuma custos mais elevados no imediato, face ao que estava a antecipar, e só consiga recuperar esses valores mais tarde. Com base nesta expectativa, a casa de investimento reduziu a previsão de EBITDA da Nos em 1% para este ano, 2,8% para 2017 e 1,3% para 2018.

 

Tendo em consideração as novas estimativas, a Berenberg reduziu o preço-alvo da Nos de 6,85 euros para 6,80 euros, o que confere às acções da operadora um potencial de valorização de 18% face à actual cotação (5,755 euros).

 

A casa de investimento acrescenta que as acções da Nos têm registado um desempenho "substancialmente abaixo" das congéneres desde que se começou a falar da compra dos direitos de transmissão de jogos. "Acreditamos que os custos mais elevados dos direitos de transmissão foram descontados" no preço das acções. Além disso, aguarda-se que a empresa anuncie um acordo com a Meo, uma vez que ainda só fechou as negociações com a Vodafone e Cabovisão, o que deverá vir a ser "um catalisador positivo" para a Nos.

 

A Berenberg realça ainda que "subsistem boas perspectivas para subida significativa do ‘payout’ dividendo para 2017 (que é recebido em 2018), com as nossas estimativas a sugerirem um dividendo de 17 cêntimos para 2016 (pago em 2017), que subirá para 38 cêntimos em 2017 (pago em 2018) e aumentará outra vez para 51 cêntimos em 2018", acrescenta a casa de investimento.

 

As acções da Nos sobem 0,61% para 5,755 euros, acumulando uma queda de 20% desde o início de 2016.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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