O banco de investimento Cantor Fitzgerald subiu a avaliação das acções da Apple, esta segunda-feira, para 180 dólares, o que representa uma capitalização bolsista de aproximadamente 1 bilião de dólares. A Apple seria, assim, a primeira empresa a atingir este valor de mercado.

O lançamento do Apple Watch é o principal motivo para a subida de avaliação pelo banco. O crescimento das vendas do iPhone na China, a exploração de novas áreas, como o desenvolvimento de um carro eléctrico, e a política de dividendos da Apple são também motivos apontados pelos analistas, citados pela Bloomberg, para justificar a revisão do preço-alvo das acções.

"Acreditamos que a combinação destes factores levará o mercado a premiar as acções da Apple, com um aumento do rácio preço/lucro, e por isso subimos o nosso preço-alvo para 180 dólares (aproximadamente 1 bilião de dólares de capitalização bolsista)", escrevem os analistas do Cantor Fitzgerald na nota de "research", emitida segunda-feira, citada pela Bloomberg.

As acções da Apple encerraram a sessão de segunda-feira com uma valorização de 1,04%, para 127,21 dólares. Este preço representa um valor de mercado de 741 mil milhões de dólares. A Apple vale assim mais do que a Google e a Microsoft juntas, que têm uma capitalização bolsista combinada de 734 mil milhões de dólares. A avaliação do Cantor Fitzgerald representa um ganho potencial de 41,5%, face à actual cotação.

O Cantor Fitzgerald, que recomenda "comprar", tem a avaliação mais elevada das acções da Apple. Segundo dados da Bloomberg, 70,7% dos analistas a acompanhar a empresa recomendam "comprar", 25,9% diz que os investidores devem "manter" e 3,4% indica que devem "vender" as acções. O preço-alvo médio para as acções é 140,08 dólares.

Em Fevereiro, quando a Apple atingiu uma capitalização bolsista superior a 700 mil milhões de dólares, reforçando o estatuto de cotada mais valiosa do mundo, começou a ser analisada a possibilidade de a empresa atingir um valor de mercado de 1 bilião de dólares. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.