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Acções da Galp recuam após impostos acima do esperado

O lucro da petrolífera portuguesa foi pressionado por uma rubrica de impostos mais pesada do que o antecipado. As acções estão a ceder mas as casas de investimento mantêm a avaliação.

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As acções da Galp Energia estão a ceder na manhã desta terça-feira, nas primeiras horas após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, em que marcou uma quebra de 13% do lucro ajustado. Os números ficaram aquém do esperado pelos analistas, sobretudo devido ao impacto da factura fiscal.

 

"Impostos levam Galp a falhar o consenso". É este o título da nota de "research" da unidade de investimento do Haitong Bank de 2 de Maio. O lucro ajustado da Galp foi de 99 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, face aos 114 milhões registados um ano antes, tendo pago de impostos 136 milhões de euros, mais do que os 11 milhões do período homólogo.

 

O aumento na área da produção e exploração contribuiu para o agravamento da factura fiscal a enfrentar pela empresa liderada por Carlos Gomes da Silva (na foto), a que se acrescenta a reversão de 8 milhões de euros em impostos diferidos e uma provisão de 6 milhões a pagar em Angola. Foi este valor que fez com que o lucro ajustado tenha ficado aquém do esperado pelos analistas (99 milhões em relação aos 123,3 milhões compilados pela Bloomberg). "Estes desvios [nos impostos] prejudicaram os resultados no campo operacional", indica o BPI Equity Research. Também os resultados financeiros se revelaram mais negativos do que o antecipado pelos analistas, sublinha a casa de investimento. 

 

Tanto os impostos como os resultados financeiros prejudicaram o "bottom-line", os resultados líquidos da Galp. Isto porque, no campo do "top-line", em que se olha para a parte operacional, os números não são desanimadores, na óptica dos especialistas que fazem a cobertura da Galp. O CaixaBI resume essa ideia na sua nota de "research": "O EBITDA foi acima das nossas estimativas mas em linha com as estimativas do consenso, já o resultado líquido foi ligeiramente abaixo das nossas estimativas e das estimativas de mercado".

 

Campo operacional sustenta Galp

 

"A área de gás e energia e a exploração e produção ficaram abaixo do esperado mas a refinação e distribuição apresentou um trimestre muito forte, o que dá aqui algum alívio", segundo Filipe Rosa, do Haitong Research.

 

É por esse motivo que a unidade de investimento do antigo BESI acredita que não haverá uma grande reacção aos resultados por parte da acção, a que atribui um preço-alvo de 13,5 euros e uma recomendação "neutral".


Os analistas Bruno Silva e Flora Trindade, do BPI Equity Research, mantêm igualmente a recomendação "neutral" e o "target" de 15,30 euros: "A Galp continua a ser uma história de crescimento, reflectida no aumento de 60% na produção e o crescimento homólogo de 43% do EBITDA". O CaixaBI também manteve intacta a recomendação "neutral" e o target de 13,80 euros.

 

As acções estão a ceder 0,49% para 14,20 euros esta terça-feira, com o índice PSI-20 a somar 0,44%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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