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Analistas elogiam entrada da EDP Renováveis no México porque "assegura crescimento"

Acções da empresa somam 3% em reacção à entrada no México. BPI elogia “percurso impressionante” da Renováveis nos últimos meses na adição de novos parques eólicos.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Abril de 2014 às 12:34
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A EDP Renováveis concretizou o pleno na América do Norte. Depois dos Estados Unidos e do Canadá, João Manso Neto conseguiu que o grupo aterrasse no México. Uma incursão que poderá dar possibilidades de crescimento para a empresa de energias verdes do grupo EDP e que, de acordo com vários especialistas, tem uma leitura positiva.

 

"Este novo acordo representa a entrada num novo mercado atractivo, que deve proporcionar novas fontes de crescimento num ambiente regulatório seguro", comenta a equipa de "research" do BPI na nota diária, publicada esta segunda-feira, 28 de Abril.

 

Esta manhã, a empresa anunciou, em comunicado, que vai fornecer electricidade a uma empresa mineira do México, a Industrias Peñoles, a partir da energia produzida num parque eólico que irá instalar em 2016. O entendimento, que envolve uma capacidade de 180 megawatts, estende-se por 25 anos, esperando-se um factor de utilização (aproveitamento dos activos do parque) de 40%, acima da média dos mercados da Renováveis nos primeiros três meses do ano.

 

O mercado mexicano é visto com bons olhos pelo BPI Equity Research porque, indicam os especialistas, a procura por electricidade naquele país da América do Norte deverá duplicar em 2020, prevendo-se, também, a expansão das energias renováveis nos próximos anos. Em 2013, a produção através das chamadas energias verdes representou apenas 3% da produção eléctrica total.

 

Os analistas do BPI consideram que a Renováveis fez um "percurso impressionante" tendo em conta as adições de capacidade que foi concretizando desde o início do último ano. O preço do investimento não é avançado mas “assumindo um regime idêntico aos norte-americanos, as novas adições de capacidade deverão implicar um crescimento de 0,8% do preço-alvo para a EDP Renováveis”. Neste momento, a casa de investimento aponta para um “target” de 5,45 euros, com uma recomendação de “comprar”.

 

A expansão depois das dúvidas

 

O Millennium IB acredita que, tendo em conta que o parque ainda não está instalado (só será em 2016), o impacto na avaliação é limitado. Mas a notícia é boa.

 

“Considerávamos que a empresa estava a ter algumas dificuldades em encontrar novas geografias que lhe permitissem crescer, uma vez que as oportunidades nos mercados onde a empresa está presente estão a escassear-se. Dito isto, consideramos esta notícia positiva, na medida em que se trata de uma nova geografia que ajuda a assegurar crescimento”, acredita a especialista Vanda Mesquita, da unidade de investimento do BCP, que atribui um “target” de 5,60 euros e uma recomendação de “comprar”.

 

“Embora não seja conhecido o montante, este contrato de baixo risco com a segunda maior empresa mineira do México poderá servir como cartão de visita para outros projectos neste mercado emergente”, comenta, também, o gestor da corretora XTB Portugal, Steven Santos, na nota de comentário desta manhã.

 

Já na semana passada, a EDP Renováveis havia anunciado um novo contrato nos Estados Unidos, facto entendido como “positivo” pelo Caixa BI, também numa nota hoje divulgada. “Este tipo de contratos contribui para a estabilidade das receitas e dá maior visibilidade ao potencial de crescimento da empresa”, referiu Helena Barbosa sobre esse acordo nos EUA.

 

Acções avançam 3%

 

Os investidores estão a aplaudir a operação anunciada antes da abertura de mercados desta segunda-feira. As acções da EDP Renováveis estão a ganhar 3,14% para negociarem nos 4,954 euros.

 

Durante a sessão de hoje, já tocaram nos 4,98 euros, um preço alcançado há poucas semanas uma única vez e que representa o preço mais elevado desde Maio de 2011. 

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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