Notícia
Crédit Agricole comunica em Julho vendas de participação no BES feitas em Maio (cor.)
O banco francês diminuiu a sua posição antes do aumento de capital do BES, tendo neste momento cerca de 14,64% do capital social da instituição portuguesa.
O Crédit Agricole comunicou em Julho a venda de participações no capital social do Banco Espírito Santo, realizadas em Maio, ainda antes do aumento de capital daquela instituição financeira.
A comunicação é feita ao abrigo da rubrica "transacções de dirigentes" já que Xavier Musca é membro do conselho de administração do BES mas também é membro do conselho de administração do Crédit Agricole. Até este mês, o banco francês tinha uma posição de controlo sobre o BES através do Bespar, que reunia as posições da família Espírito Santo e do Crédit Agricole com mais de 30%. Depois disso, a Bespar desfez-se e o banco francês também diminuiu a sua posição relativa.
Assim, a instituição financeira gaulesa reduziu a sua posição no BES através da venda de quase 36 milhões de acções arrecadando 32,57 milhões de euros. As alienações ocorreram a 21, 22, 23 e 26 de Maio. Os preços médios diários variaram entre 0,993 euros e os 0,870053 euros por acção.
Após estas operações, que foram concretizadas tanto no mercado regulamentado como fora da bolsa, o Crédit passou a deter 634.662.643 acções do BES. Entretanto, o banco então liderado por Ricardo Salgado realizou um aumento de capital em que o Crédit Agricole participou. Neste momento, e segundo um comunicado emitido em Junho, a instituição francesa já anunciou ter 14,64% do capital do Banco Espírito Santo.
Recorde-se que o Crédit Agricole, segundo maior accionista do BES, irá propor em breve a "nomeação de novos administradores independentes em substituição dos senhores de Laage, Musca, Oppenheim, Ribes e Pacaud, que comunicaram a sua intenção de renunciarem ao cargo de membro do Conselho de Administração do BES".
"O Crédit Agricole S.A. proporá, em seguida, a nomeação dos Senhores Musca e Oppenheim para o novo Conselho Estratégico do BES que será brevemente criado", referia o comunicado de 5 de Julho.
(Notícia corrigida às 11h05 de dia 16 de Julho: quem vendeu as acções foi o Crédit Agricole e não Xavier Musca, seu administrador, ao contrário do que era indicado na primeira versão da notícia)