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Wall Street sobe 0,5% com recuperação das tecnológicas

As bolsas norte-americanas arrancaram em terreno positivo animadas pela abertura de diálogo entre EUA e China. As tecnológicas estão a recuperar depois das quedas de ontem.

Reuters
13 de Setembro de 2018 às 14:43
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Wall Street volta a subir esta quinta-feira, dia 13 de Setembro, com os investidores a darem o benefício da dúvida à nova ronda de negociações entre os EUA e a China e a regressarem à aposta nas tecnológicas. Já os dados da inflação ficaram aquém do esperado.

O Dow Jones e o S&P 500 estão a subir há três sessões consecutivas, somando 0,45% para os 26.114,95 pontos e 0,41% para os 2.900,67 pontos, respectivamente. Já o índice tecnológico, o Nasdaq, destaca-se ao subir ainda mais: 0,8% para os 8.018,72 pontos.

Depois de ontem ter sido mais uma sessão de quedas, as tecnológicas estão a corrigir. É o caso da Apple que apresentou ontem novidades que não colheram o entusiasmo dos investidores. As acções recuaram mais de 1% ontem, mas hoje estão a subir na mesma medida.

Acresce que as gigantes do sector terão de voltar outra vez ao Congresso para falar sobre a privacidade dos utilizadores, o que penalizou ontem cotadas como o Facebook, a Alphabet (dona da Google) e o Twitter. As três cotadas seguem hoje a negociar em alta, recuperando das quedas. 

Quanto a dados económicos, a inflação norte-americana aumentou menos do que o esperado em Agosto. A subida do preço dos combustíveis e das rendas foi compensada parcialmente pelas quedas dos preços na saúde e no vestuário. As pressões subjacentes à subida da inflação diminuíram com o índice dos preços no consumidor a aumentar 0,2% em cadeia - os economistas esperavam 0,3%. Na média dos últimos 12 meses, a inflação desceu de 2,9% em Julho para 2,7% em Agosto.

Ainda assim, os preços continuam a aumentar uma vez que o mercado de trabalho continua a melhorar - os pedidos de subsídio de desemprego voltaram a baixar na semana passada, segundo dados revelados hoje - e o crescimento económico está a acelerar. Este é um dado importante para a Reserva Federal que volta a reunir-se no final deste mês, podendo aumentar pela terceira vez os juros. O índice dos preços das despesas de consumo privado, o indicador para o qual a Fed olha, aumentou para 2% em Julho, atingindo a meta do banco central pela terceira vez este ano, segundo a Reuters.

A contribuir para manter a inflação pujante está a guerra comercial. As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos à China deverão manter os preços numa trajectória ascendente. O conflito deverá continuar, mas para já começa uma nova ronda de negociações entre as duas maiores economias do mundo. Na calha está a implementação das tarifas sobre 200 mil milhões de dólares em bens chineses, uma decisão que Donald Trump poderá tomar a qualquer momento.

"A abertura [de Wall Street] deverá ser positiva uma vez que a proposta para uma nova ronda de negociações comerciais com a China está a levantar o espírito dos investidores", antecipava o economista-chefe da Spartan Capital Securities, Peter Cardillo, à Reuters.

A notícia de que voltarão à mesa das negociações já tinha contribuído para acalmar os mercados asiáticos, depois de estes terem passado pelo maior ciclo de quedas desde 2000. Isto depois de na semana passada Trump ter ameaçado colocar todos os bens chineses sobre tarifas dos Estados Unidos.
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